III
COLÓQUIO ACADÊMICO SOBRE
MODALIDADE DEÔNTICA.
12
E 13 DE SETEMBRO DE 2019.
(10 anos do GEMD)
COMISSÃO
CIENTÍFICA:
Maria de Fátima Silva Amarante – PUC/Campinas.
Eliane Carolina de Oliveira – UFG.
Keyla Maria Frota Lemos – UERN.
Maria Fabíola Vasconcelos Lopes - UFC.
Maria Valdênia Falcão do Nascimento – UFC.
Germana da Cruz Pereira – UFC.
PALESTRA
AS
CATEGORIAS VERBAIS TAM E AS NOÇÕES DE FIGURA E FUNDO NA ESTRUTURAÇÃO DE
NARRATIVAS
Profa. Dra. Adriana Maria
Tenuta de Azevedo - UFMG
As categorias verbais
TAM e as noções de figura e fundo na estruturação de Narrativas A
macroestrutura do texto narrativo (principalmente oral), na língua portuguesa,
reflete a organização perceptual cognitiva revelada pela Psicologia Gestalt
(Kofka, 1935). Na arquitetura textual narrativa, de caráter temporal, além dos
eventos do discurso direto, certos eventos são colocados em foco, à semelhança
da ‘figura’ perceptiva, ficando outros eventos no pano de fundo da história,
espelhando o ‘fundo’ do campo da percepção (Hopper, 1979). As categorias
verbais de tempo, aspecto e modo (sistema TAM), têm, nesse contexto, a função
discursiva de distinguir linguisticamente as partes do texto narrativo (Tenuta,
2006) e os modelos teóricos dos Espaços Mentais (Fauconnier, 1994; 1997) e da
Mesclagem Conceptual (Fauconnier e Turner, 1996; 1998; 2002) servem à descrição
dessa realidade cognitiva da narrativa oral.
Palavras chave: figura-fundo; sistema TAM; narrativa
MESA-REDONDA
CONTRIBUIÇÕES
TEÓRICO-METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: TEXTO E GRAMÁTICA
Profa.
Dra. Célia Maria Medeiros Barbosa da Silva (UFRN/UnP)
Nos
últimos anos, com o avanço dos estudos da linguagem, muito se tem discutido e
pesquisado acerca do ensino de língua portuguesa na educação básica, tanto no
ensino fundamental como no médio. Nesse avanço, percebe-se que há um consenso,
de certo modo generalizado, de que o ensino de língua portuguesa deve ter, como
ponto de partida e de chegada, o texto. Dessa forma, entende-se que o texto, e
não unidades menores como a frase ou a oração, deve constituir a principal
unidade de ensino da língua, ou seja, do ensino de gramática. Faz-se importante enfatizar que tal
entendimento tem implicação também na formação do professor, na qual, por força
de programas de licenciaturas ainda pouco ajustados aos recentes estudos sobre
o ensino de língua portuguesa, as abordagens da língua/linguagem continuam
vinculados a uma inevitável retomada da gramática da frase e, quando possível,
a uma apropriação superficial de elementos gramaticais do texto. Considerando,
pois, essa problemática, esta comunicação volta-se para a temática de
contribuições teórico-metodológicas da atividade escolar com o texto e a
gramática no ensino de língua portuguesa. Especificamente, pretende-se acentuar
pontos comuns que propõem pensar esse ensino na articulação de elementos
teóricos e metodológicos que consideram a língua em uso e, por extensão, o
texto em discurso, bem como o lugar do texto e da gramática na educação
linguística e na formação docente. Assim, em consonância com as atuais
tendências dos estudos sobre a temática, espera-se, por meio desta comunicação,
propor encaminhamentos teórico-metodológicos que possam contribuir para o
trabalho com o texto e a gramática e com a formação docente.
Palavras-chave: Ensino de
língua portuguesa. Texto e Gramática. Procedimentos de Ensino. Formação
Docente.
A GRAMÁTICA NO ESPAÇO ESCOLAR:
CONCEPÇÕES DE GRAMÁTICA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Profa.
Dra. Maria de Fátima Silva dos Santos – UFRPE/UAST
O
tratamento da gramática na escola, e, também, a concepção que a sociedade tem
dessa disciplina constituem uma questão
que tem incomodado a muitos docentes que trabalham com língua e linguagem nos diversos graus de ensino. Em busca de
atender ao que a sociedade e a família esperam das aulas de português nas
escolas: que os alunos falem e escrevam melhor (o que inclui necessariamente o
domínio da língua padrão), muitos professores de língua portuguesa têm apontado
como um dos principais desafios no
ensino de língua o espaço dado à gramática na sala de aula e a dificuldade que
os alunos apresentam em aprender e
dominar os conteúdos gramaticais. Diante disso, refletimos nesta comunicação
sobre as concepções de gramática e suas implicações para o ensino de língua
portuguesa. Para tanto, serão assinaladas algumas das concepções de linguagem e
gramática e as teorias subjacentes a tais visões e sua relação com o ensino
gramatical em sala de aula.
Palavras-chave: Concepções de gramática;
Ensino de língua portuguesa; Linguagem.
O ENSINO DA FORMA EM
LÍNGUA ESTRANGEIRA EM TURMAS DE ENSINO FUNDAMENTAL, O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA
OU O CONTATO LIVRE COM O NOVO IDIOMA?
Prof. Dr. João Tobias
Lima Sales – UECE.
Não há muito tempo as
salas de aula de ensino fundamental, nas escolas de Fortaleza, têm procurado
proporcionar o que chamam de Ensino de Língua Inglesa bilíngue, para crianças a
partir do segundo ano do ensino fundamental, em que a idade média e adequada do
aluno deve ser de 7 anos. As abordagens de ensino do novo idioma têm se
demonstrado variadas, contudo, algumas características organizacionais parecem
ser comuns entre as escolas, tais como: a carga horária diária (ou semanal) de
contato com o idioma, a quantidade de alunos por professor, ou a
heterogeneidade em nível de língua estrangeira entre os alunos. Nesse contexto
de ensino e aprendizagem de língua inglesa, a apresentação de um novo idioma a
uma criança, numa proposta desafiadora – denominada de bilíngue – pode estar
sendo feita através de métodos convencionais que fazem uso de perspectivas de
ensino da forma da língua, por serem mais adequado às condições organizacionais
em que o idioma está sendo ensinado. O ensino da forma estaria servindo para
que a criança despertasse para a percepção dos elementos formais da língua ou
estaria sendo fomentado por uma crença de que essa seria a melhor opção que
levaria os alunos a se tornarem bilíngues em um futuro próximo? Essa discussão
está ancorada em uma pré análise dos erros produzidos (pelos alunos) em
atividades de língua inglesa de uma escola que se denomina bilíngue, seguindo
os pressupostos da Análise de Erros de James (1998) e de consciência e
percepção de Schimidt (1990 e 1994). Através desse fenômeno, o ensino da
forma é discutido como um caminho que pode, ou não, levar ao alcance do
objetivo das instituições.
Palavras-chave: Forma; língua estrangeira;
bilinguismo.
OFICINA
COMO USAR O COCA NA EDIÇÃO DE
TEXTOS EM LÍNGUA INGLESA
Profa. Dra. Bárbara Malveira Orfanó - UFMG
O Corpus Contemporâneo de Inglês Americano (COCA) é o
maior corpus online disponível de forma gratuita. À luz da Linguística de
Corpus, a oficina pretende introduzir ferramentas básicas do COCA para
que os alunos possam editar textos escritos em língua inglesa, contribuindo
assim para o aprimoramento de uma consciência linguística concomitantemente com
o desenvolvimento da autonomia dos aprendizes.
MINI-CURSO
O ENSINO DA ANÁLISE LINGUÍSTICA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA
Profa. Dra. Pollyane
Ribeiro - UFC
A concepção de ensino de gramática que impera no contexto
escolar ainda é a tradicional. Contudo, a partir das contribuições dos estudos
empreendidos pela Linguística Aplicada, chancelados pelos documentos oficiais
(PCN, BNCC), novas abordagens metodológicas se apresentam para ressignificar o
ensino da gramática. Baseando-nos na concepção interacionista de linguagem, e,
portanto, de acordo com a visão de ensino da língua calcado nos gêneros
textuais, pretendemos, através desta oficina, propor atividades concernentes ao
ensino de Língua Portuguesa para a Educação Básica, a fim de levar à reflexão
sobre o ensino da gramática através da análise linguística pautada na
pluralidade de gêneros. Para fundamentar nossa proposta, recorremos aos PCN, à
BNCC, à noção de gênero de Bakhtin (2003), que defende o caráter
dialógico da interação, ao conceito de análise linguística de
Geraldi (1984) e às reflexões sobre o ensino de gramática fomentadas por
Antunes (2007, 2010).
COMO ESTIMULAR O USO DAS ESTRUTURAS GRAMATICAIS
COMPLEXAS EM CRIANÇAS EM PROCESSO DE APRENDIZAGEM NOS PROGRAMAS BILÍNGUES?
Nayra Barbosa Mota -
UFC
No mundo globalizado e tecnológico em que estamos situados, falar Inglês
deixou de ser apenas uma habilidade a mais nos currículos dos jovens que
ingressam no mercado de trabalho. Tal língua estrangeira se tornou
imprescindível, portanto, passou a ter o status de Língua Franca, ou seja, o
número de falantes não nativos se equipara ao de falantes nativos e ambos
passam a ter a mesma importância. Em consequência, o número de escolas que
adotam programas bilíngues aumentou consideravelmente nos últimos anos. A
inserção da carga horária estendida da Língua Inglesa na Educação Infantil foi
o primeiro passo para que as escolas iniciassem o processo de ter alunos bilíngues,
entretanto, os professores de inglês precisaram, e ainda precisam, se adequar a
esse novo estilo de aula e à faixa etária. Esses educadores, que antes
utilizavam materiais didáticos que simulavam situações do cotidiano, ou seja,
de abordagem comunicativa, e que se viam e eram vistos como professores
“extras” passaram a ser protagonistas da educação e do desenvolvimento tanto
cognitivo quanto emocional de seus alunos. Por tudo isso, o ensino de gramatica
também precisava, e precisa, mudar. Esses alunos, mais especificamente,
crianças de 2 a 5 anos, ainda não são capazes de deduzir a gramática de uma
segunda língua de forma consciente devido ao alto grau de abstração que esse
conjunto de regras possui. O presente minicurso tem como objetivo discutir e
trazer ferramentas e estratégias para que o ensino de inglês nessa faixa etária
não seja meramente aquisição de novas unidades lexicais, mas sim de estruturas
mais complexas, tais como funções sintáticas e até mesmo morfológicas. Tomaremos
por base Cameron (2001) e García;
Ibarra-Johnson; Seltzer (2016).
Palavras chave: Ensino bilíngue, estratégias de ensino, educação infantil
INTRODUÇÃO À GRAMÁTICA DISCURSIVO-FUNCIONAL.
Rafael Martins Nogueira
- UFC
Karen Bernardo Viana -
UFC
A Gramática Discursivo-Funcional (GDF)se diferencia de outros modelos
teóricos, por ter como objeto de análise o discurso. Sendo um desdobramento de
apontamentos finais deixados na Gramática Funcional de Simon Dik (1989; 1997),
ainda centrada na oração, percebe-se fenômenos linguísticos que ocorrem entre
duas ou mais orações como: Tema e Antitema, Tópico e Foco, por exemplo.
Hengeveld & Mackenzie (2006; 2008) continuam, a partir da deixa de Dik, os
desenvolvimentos agora de uma gramática que tem por objetivo analisar a
relevância do discurso nas configurações gramaticais das línguas naturais. A
GDF não constitui um modelo do discurso de formal geral, não pode ser
confundida com modelos teóricos que extrapolam o texto em prol de questões
ideológicas ou culturais. Assim como ter uma visão top-down, funcionando como
um modelo tipologico- funcional, desenvolve uma análise linguística baseada em
um quadro mais amplo de interação verbal, organizando-se em níveis e camadas.
Portanto, a proposta deste minicurso é apresentar uma introdução à Gramática de
Hengeveld & Mackenzie (2008) e exemplificar didaticamente seu
funcionamento.
COMUNICAÇÃO
NOÇÕES
DISCURSIVAS E CATEGORIAS TEMPO-ASPECTUAIS DO MODELO DOS ESPAÇOS MENTAIS NA
DIAGRAMAÇÃO DE VALORES VERBAIS CANÔNICOS E NÃO CANÔNICOS
Profa. Dra. Adriana Maria Tenuta de Azevedo - UFMG
Tradicionalmente,
tempo verbal tem sido visto como uma categoria que situa o evento enfocado pelo
elemento verbal relativamente ao momento da fala. O presente corresponde, nessa
acepção, à situação em que o tempo de ocorrência do evento coincide com o tempo
da fala; para o passado, pensa-se numa assimetria em termos do tempo do evento
anteceder ao tempo da fala e, para o futuro, na inversão dessa relação.
Acontece que é comum encontrarmos formas verbais, que, nos seus contextos de
uso, têm uma interpretação diferente daquela esperada se nos baseamos nessa
distinção. A partir de um
corpus composto de
dados da língua portuguesa oral e escrita, realizou-se uma análise dos valores
verbais que não correspondam àqueles valores canônicos das formas empregadas.
Essa análise está baseada no Modelo dos Espaços Mentais (MEM) da Linguística
Cognitiva (Fauconnier 1996, 2002 e Cutrer, 1994), que permitiu investigar a
motivação cognitiva para tais alterações semânticas. Nesse quadro teórico, a
linguagem espelha outros processos cognitivos e tem algum correlato em nossa
percepção visual. Nessa perspectiva, base, ponto-de-vista, foco são essenciais
para a percepção de como se dá o processo de construção de significado dos elementos
verbais. O MEM permite modelagem de discurso corrente pela possibilidade de
separação do conteúdo linguístico em espaços estruturados por frames e
organizados pelas noções discursivas de base, ponto-de-vista, foco e evento e
as categorias tempo-aspectuiais. A partir deste estudo, foram propostas
diagramações para o valor canônico do Presente do Indicativo, além de
diagramações
para valores não canônicos desse tempo verbal: valor genérico ou habitual;
valor passado (semelhante ao valor de PretéritoPerfeito), denominado, por
vezes, Presente Histórico; c) valor futuro (semelhante ao de Futuro do
Presente); valor semelhante ao imperativo.
Palavras chave: valores
verbais; presente do indicativo; espaços mentais
A COMPREENSÃO E RETENÇÃO DE INFORMAÇÕES NA
LEITURA EM DIFERENTES MÍDIAS DE TEXTOS JORNALÍSTICOS E ACADÊMICOS
Profa. Ms. Keyla Lemos Frota - UERN
O acesso a computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos podem
ter produzido especialistas em tecnologia; entretanto, ainda não se sabe se
esses especialistas em tecnologia são igualmente versados em letramento
digital. Embora haja um efeito positivo no que diz respeito ao acesso à
informação, as consequências dessa mudança, da leitura do texto impresso para
as telas, ainda são desconhecidas. Para Coiro (2011), as estratégias
tradicionais de leitura e raciocínio não são suficientes para promover a navegação
e a compreensão de textos de forma bem sucedida. De acordo com Castek e Coiro
(2015), a leitura online requer habilidades complexas que não estão presentes
nos currículos para letramento. Baron (2015) acredita que a leitura digital
deve se restringir a determinados gêneros textuais, com textos menos complexos,
pois apresenta mais distrações que a leitura do texto impresso, esse sim
apropriado para a leitura de materiais mais densos, como textos acadêmicos, por
exemplo. Este estudo quantitativo buscou avaliar a compreensão e a retenção de
informações de textos acadêmicos e jornalísticos lidos em diferentes mídias
(impresso, computador, tablet e celular) com o intuito de observar a influência
que mídia e gênero textual tem na compreensão e retenção de informações. Alunos
(n = 37), graduandos de Letras com Licenciatura em Língua Inglesa participaram
da pesquisa. Os resultados encontrados corroboram a concepção de que não há
diferenças significativas na compreensão e retenção dos textos quando lidos em mídias
digitais ou em material impresso. Mais do que a mídia, dados mostram que o
gênero textual influenciou os resultados nos testes de compreensão e retenção,
pois os leitores tiveram melhor desempenho nos testes sobre os textos
jornalísticos. Os resultados deste estudo sugerem que não devemos temer o uso
de mídias digitais para ensino e aprendizagem de leitura visto que os níveis de
compreensão e retenção de informações não foram afetados pelo formato do texto.
Palavras chave: Leitura, compreensão, retenção, mídias digitais, gêneros
textuais.
MÚSICA, LÍNGUA E GRAMÁTICA:
ABORDAGENS EXITOSAS EM OFICINAS DE LÍNGUA INGLESA
Profa Ms. Carolina
Bezerra de Andrade Lopes (IFCE)
Profa Ms. Fabíola
Silveira Jorge Holanda (IFCE)
Ao
tratar de práticas de ensino de línguas estrangeiras, um dos recursos
motivadores usados em sala de aula é a música. Corroborando a ideia de Brown
(2012) acerca de fatores motivacionais na realização de tarefas, a motivação
parte da necessidade de: exploração, manipulação, atividade (física e mental),
conhecimento e estímulo. Nessa perspectiva, a música em sala de aula pode ser
meio de estímulo, que parte do ambiente, das ideias e dos sentimentos, como
também de conhecimento, através do processo e internalização da atividade
exploratória. Além da motivação no processo ensino-aprendizagem, a música traz
em si linguagem autêntica, rítmica e memorável. No âmbito da aprendizagem da
língua inglesa, Vicentini e Basso (2008) apontam que a linguagem musical serve
como meio de representação do saber construído pela interação intelectual e
afetiva do aluno com o contexto da música ensinada. Pensando no ensino de
língua estrangeira em turmas de Ensino Médio e Superior no Instituto Federal do
Ceará (IFCE), campus Fortaleza, foi que professores de diferentes línguas
idealizaram e instituíram o projeto semestral de evento de extensão:
“Aprendizagem de Idiomas com Música”. Por ele, os alunos e a comunidade externa
participam de oficinas de várias línguas estrangeiras durante um dia inteiro.
Objetivando relatar experiências exitosas com o ensino de língua inglesa e
gramática por essa prática, apresentaremos modelos de exercícios ministrados
com foco em aspectos gramaticais, de linguagem e de uso, partindo do
pressuposto de que forma e uso são aspectos da língua que ocorrem
simultaneamente e que atividades com base em música servem de motivação,
ludicidade, memorização, aprendizado, e inserem o aluno como protagonista em
todo o processo.
Palavras-chave:
Música. Ensino de Língua Estrangeira. Atividades Exitosas. Metodologia.
Gramática.
Diferentes metodologias de ensino da língua inglesa foram
aplicadas no Brasil, desde o método clássico da tradução, método áudio-lingual
sob influência da teoria behaviorista-estrutural e, mais recentemente, o método
comunicativo. Apesar de cada método ter a sua contribuição para a aprendizagem
de uma língua, ainda há lacunas nestas metodologias, pois todas focam em regras
em detrimento da representação mental das estruturas gramaticais. Não há
dúvidas que o aprendiz precisa aprender a gramática da língua estrangeira, a
questão é de que forma. Considerando que o aprendiz adulto de L2 (segunda
língua) já é falante de sua língua materna, parece que a tarefa deste aprendiz
consiste em redefinir os parâmetros para adquirir a L2 (WHITE, 2003; SLABAKOVA,
2016). Desta forma, não basta apenas estudar as regras da língua para se tornar
competente na L2 (VANPATTEN, 2015). O ensino da gramática, tanto na L1 quanto
na L2, não tem contribuído para a compreensão dos fenômenos gramaticais
(PILATI, 2017). Assim, o objetivo deste trabalho é discutir fenômenos
gramaticais, com base na teoria da aquisição de segunda língua na perspectiva
gerativista (GenSLA), que podem facilitar a redefinição dos parâmetros dos
aprendizes falantes do português brasileiro, consequentemente colaborando com
sua aprendizagem. Visto que o método comunicativo, apesar de ter sido inovador,
ainda possuir forte influência da teoria behaviorista-estrutural por focar na
função em vez de focar no sistema da língua (SWAN, 2002), a teoria da aquisição
de segunda língua na perspectiva gerativista, ainda pouco estudada no Brasil,
traz contribuições teóricas para a processo da aprendizagem de L2. Por esta
razão, pensamos que o presente trabalho poderá contribuir para promover a
discussão sobre o ensino da língua inglesa e oferecer uma aprendizagem mais
adequada aos alunos de L2.
Palavras-chave: aprendizagem; segunda língua; GenSLA
O
VERBO GREGO IMPESSOAL δεῖν
(deîn) ‘DEVER’: SUAS CONSTRUÇÕES E EQUIVALÊNCIAS
Profa. Dra. Ana Maria César Pompeu - UFC
O verbo grego impessoal
δεῖν (deîn) ‘dever’ tem o
infinitivo regular, mas suas formas finitas são empregadas apenas na terceira
pessoa do singular e ele tem um só particípio no acusativo neutro singular,
para ser empregado nas construções com particípio absoluto: δέον (déon), ‘devendo/que deve’,
que originou as formas “deontológico, deôntico”, entre outras. Os verbos que
têm suas formas completas usam o caso genitivo nas construções de particípio
absoluto. O sujeito desse verbo aparece no acusativo, e o verbo que se segue à
forma impessoal é empregado no infinitivo (JACT, 2014). O adjetivo verbal em -τέος, -τέα, τέον
(-téos, -téa, -téon) também exprime obrigação e se
constrói de duas formas (RAGON, 1992): 1. Impessoalmente: no neutro singular ou
plural, com ou sem ἔστι
(ésti) ‘é/está’; e o complemento se emprega no caso requerido pelo verbo
formador do adjetivo verbal; 2. Pessoalmente: como atributo do sujeito, com ou
sem εἶναι
(eînai) ‘ser/estar’. O nome da pessoa que se obriga é empregado no caso
dativo. Há ainda o adjetivo verbal em -τός,
-τή,
τόν (-tós, -té, -tón)
que exprime possibilidade. O adjetivo verbal geralmente é formado a partir do
particípio aoristo passivo, substituindo-se -θείς (-theís) por -τέος -τός (-téos -tós). Os verbos
impessoais como o δεῖν
e locuções análogas, χρή
(khré), “é preciso”, ἔξεστιν
(exéstin), “é permitido”, δίκαιόν
ἐστιν (díkaión estin), “é justo”,
ἀναγκαῖόν ἐστιν (anagkaîón estin), “é
preciso”, καλόν
ἐστιν (kalón estin), “é belo”, αἰσχρόν ἐστιν (aiskhrón estin), “é
vergonhoso”, são construídos com infinitivo (FREIRE, 1987). O objetivo
desta comunicação é apresentar as construções do verbo impessoal grego δεῖν (deîn) e suas
equivalências, como o adjetivo verbal e expressões análogas que exprimam dever,
obrigação ou possibilidade, estabelecendo seu vínculo com as pesquisas em
modalidade deôntica em língua portuguesa.
A PRODUÇÃO DE VIDEO-AULAS NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Marjorie Menezes
Soares – UFC
A autonomia, o amplo acesso à informação e os ambientes
colaborativos proporcionados pela Web 2.0 têm marcado as novas formas de
aprender e agir no mundo. No entanto, há uma aparente lacuna na área de
formação de professores no que diz respeito à integração das TICs no currículo
de cursos de licenciatura voltados para o ensino de Língua Estrangeira (SILVA;
ARAGÃO, 2010; NICOLAU, 2017; SILVA, 2018). Faz-se necessário, desse modo,
contemplar não só as competências na LE como também o letramento e a fluência
digital dos futuros profissionais para que estejam preparados para os desafios
da docência em um mundo cada vez mais digital. Os objetivos deste trabalho
consistem em: (1) analisar as potencialidades da plataforma YouTube para o
desenvolvimento do letramento e da fluência digital de alunos do curso de
Licenciatura em Letras Português-Alemão e (2) desenvolver a competência
gramatical em Alemão como Língua Estrangeira (ALE) por meio das TICs,
utilizando a pesquisa-ação como metodologia. Os instrumentos consistiram em
pré-teste, questionários de múltipla escolha e pós teste. A integração das TICs
no processo de ensino-aprendizagem se deu com base no modelo SAMR -
Substituição, Ampliação, Modificação, Redefinição (PUENTEDURA, 2014). O corpus da
pesquisa é formado pelos vídeos e legendas produzidos pelos alunos e foi
analisado em relação ao uso produtivo das TICs (PUENTEDURA, 2014) e em relação
à complexidade e à acurácia na produção oral (SKEHAN; FOSTER, 2012). Os resultados mostram uma progressiva apropriação
das tecnologias digitais para a realização das atividades propostas ao longo da
pesquisa, atingindo então o nível de redefinição do modelo base (SAMR), assim
como o maior desenvolvimento da competência linguística (CONSELHO DA EUROPA,
2001), observado através do uso de sentenças complexas e da percentagem de
acertos.
Palavras-chave: TIC.LE. Complexidade.
Acurácia. YouTube.
O ENSINO DO ARTIGO NEUTRO LO NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA.
Fernanda
Almeida Freitas - EMEIF José Maria Moreira Campos.
Maria Valdênia Falcão do Nascimento - UFC
A
aprendizagem dos usos do artigo neutro lo por estudantes brasileiros de
espanhol costuma ser de difícil assimilação para a maioria dos aprendizes, pois
os alunos, principalmente os iniciantes, costumam apoiar-se na morfossintaxe da
língua materna para produzir suas expressões, tanto orais como escritas, na
língua estrangeira. As dificuldades com o uso adequado do artigo neutro lo
costumam acompanhar os estudantes até a universidade. No presente trabalho, objetivamos
apresentar um relato de experiência de um projeto desenvolvido com alunos dos
oitavos anos A, B e C em uma escola de ensino fundamental do município de
Fortaleza. A metodologia utilizada consistiu na realização de uma proposta de
sequência didática que pretendia fomentar o desempenho dos participantes na
aquisição da consciência morfossintática dos usos do artigo neutro lo e suas
implicações para a compreensão leitora. A fundamentação teórica do projeto
baseou-se nos pressupostos teóricos de autores como Matte Bon (1998), Almeida
Filho (1998, 2008), Llorach (2000), Kleber Eckert (2014) e Dolz, Noverraz e
Schneuwly (2004). Os resultados obtidos demonstraram que as produções dos
alunos que efetivamente se envolveram nas atividades superaram as expectativas
da docente, tanto no uso morfossintático adequado do artigo neutro, quanto na
contextualização pragmática do mesmo, evidenciando que é possível encontrar
caminhos para o desafio de ajudar os alunos da escola pública a compreender e
usar adequadamente a morfossintaxe do espanhol,
abandonando definitivamente o portunhol.
Palavras-chave: Experiência Docente,Escola Pública, Artigo Neutro Lo.
ESTUDO DA
MOVIMENTAÇÃO OCULAR EM SENTENÇAS COORDENADAS
E SUBORDINADAS.
Elisângela Nogueira Teixeira – UFC.
Antonio Ademilton Pinheiro Dantas – UFC.
Brenda Kessia Arruda de Souza
UFC.
Nesta pesquisa comparamos o processamento de sentenças coordenadas e subordinadas em relações de oposição e concessão. Engelkamp e Rummer (2002) e Rummer, Engelkamp e Konieczny (2003) observaram que o processamento de sentenças subordinadas é menos custoso do que o de coordenadas e que o deslocamento da subordinada interfere no tempo e na quantidade de material retido na memória. Na presente pesquisa, registramos a movimentação ocular durante a leitura de períodos complexos por coordenação e subordinação, que culminou em três estudos: um primeiro que investigou o processamento de leitura da estrutura subordinada deslocada; (ii) um segundo que comparou o processamento de leitura de sentenças coordenadas e subordinadas; e (iii) um terceiro que observou o custo de quatro diferentes conjunções em orações coordenadas. Foram produzidos 24 itens experimentais lidos entre o triplo de distratoras por dois grupos (VI): 42 alunos de 14 anos e 40 adultos universitários. Observamos o tempo total e o tempo de primeira leitura nas sentenças. Para o primeiro experimento, encontramos uma interação entre grupo e deslocamento (F = 4,06, p = 0.04) e efeito principal para deslocamento (p < 0.001). No estudo do processamento da coordenação e subordinação, encontramos efeitos de grupo (p = 0.04 e p < 0.001). E no estudo das conjunções, observamos diferença significativa para cada conjunção (p=0.006). Os resultados sugerem não haver diferença no processamento de coordenadas e subordinadas. Já o deslocamento da subordinada, gera menor tempo de integração com a principal, mas também gera maior custo para o grupo de estudantes, sugerindo a relevância do tema na educação escolar. Sobre as conjunções, observamos alta sensibilidade à frequência e que são uma ferramenta importante para integrar duas orações
Palavras-chave:
subordinação, conjunção, movimentação ocular.
MODALIDADE
DEÔNTICA OBJETIVA E SUBJETIVA NAS CARTAS DO PAPA FRANCISCO: UMA ABORDAGEM DO
MODAL DEBER PARA O ENSINO DE E/LE
Prof. Ms. André Silva Oliveira - UFC
O presente trabalho tem por objetivo descrever e analisar a
modalidade deôntica, tanto a objetiva quanto a subjetiva, com base em Lyons
(1977), Verstraete (2001), Vázquez Laslop (2001), Olbertz e Gasparini-Bastos
(2013) e González Arias e Satt Román (2016), nas cartas papais do Papa
Francisco e, centrando-nos no uso do modal deôntico deber, propor uma atividade com o uso deste modal para professores
de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE) a partir do gênero carta. Para isso,
selecionamos, especificamente, duas cartas, uma direcionada para o então
primeiro ministro da Austrália, Tony Abbott, e uma dirigida aos bispos
católicos norte-americanos. Nesse sentido, pautamos algumas categorias de análise
que pudessem fazer uma apreciação em termos de objetivação e subjetivação das
modalizações deônticas, a saber: a fonte da avaliação modal, o tipo de relação
estabelecida entre os participantes do discurso, os valores modais deônticos e
a marcação morfossintática de tempo verbal. A partir da análise qualitativa das
ocorrências, pudemos averiguar que a objetivação da modalidade deôntica se dá
quanto a fonte da avaliação modal é externa ao falante, ainda que ele esteja ou
não em uma relação hierárquica com seu ouvinte, instaurando valores modais de
obrigação e proibição por meio do ‘presente de indicativo’ (presente do
indicativo), enquanto a subjetivação da modalidade deôntica ocorre quando a
fonte de avaliação modal é interna ao falante, preferencialmente em contextos
em que não há uma hierarquização entre ele e seu ouvinte, instaurando o valor
modal de recomendação/conselho por meio do ‘condicional simple’ (futuro do
pretérito).
Palavras-chave: Língua Espanhola. Modalidade Deôntica. Modal Deber.
O ENSINO DE INGLÊS PARA UM ALUNO
COM CEGUEIRA TOTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Karen de Assis Costa -
UFC
Victor Soares Nogueira
-- UFC
Durante
as primeiras aulas de Língua Inglesa do primeiro semestre do ano de 2019,
notou-se que os métodos de ensino e de estudo da turma não eram eficazes para o
estudante Victor devido à inacessibilidade dos materiais disponibilizados para
um estudante com cegueira. Em vista disso, iniciaram-se aulas de monitoria
especialmente para ele paralelas às do curso. Victor praticamente não possuía
nenhum conhecimento prévio da língua, mas logo mostrou grande evolução conforme
o conteúdo avançava – foi estudado desde vocabulário até alguns tempos verbais:
Presente simples, Presente Contínuo, Passado Simples, Passado Contínuo e Futuro
com “Will” e “Going to”. Como a Seção de Atendimento à Pessoa com Deficiência
da Biblioteca da UFC demorou para enviar os materiais adaptados, foi necessário
desenvolver outros métodos para que Victor tivesse acesso ao conteúdo, como a
leitura em voz alta, a soletração de palavras e a adaptação do conteúdo para
documento do Microsoft Word para que ele pudesse estudar de forma autônoma em
casa. Além disso, foram utilizadas algumas atividades online do site da Oxford
University Press para praticar tempos verbais. O objetivo do presente trabalho
é mostrar como a monitoria foi importante como suporte para que Victor pudesse
iniciar seus estudos na língua em detrimento das dificuldades com que se
deparou e também como aprendizado para a estudante monitora acerca do ensino
para deficientes visuais.
Palavras-chave: Monitoria; Cegueira; Ensino; Língua
Inglesa
GINCANA DE GRAMÁTICA NA GRADUAÇÃO
– UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Luíza Calvário Álvares
Pinheiro - UFC
Domingos Sávio Vidal
de Lima Filho - UFC
Este
artigo tem como finalidade relatar a experiência de alunos do primeiro semestre
de graduação no curso de Letras Português/ Inglês e suas literaturas como
monitores voluntários dos colegas de classe. Essa iniciativa surgiu a partir da
dificuldade de vários alunos de Inglês I e da falta de monitores para a
referida disciplina. Em uma das reuniões da monitoria voluntária, foi realizada
uma gincana sobre a estrutura gramatical do tempo verbal Presente Simples e os
resultados foram surpreendentes. Alunos que declaravam ter menos conhecimento
linguístico foram os vencedores da gincana. O que chamou atenção foi o fato de
os três primeiros ganhadores serem atletas, motivando a hipótese de que a
competitividade contribuiu para o sucesso do aprendizado através da dinâmica
proposta. Uma nova gincana será feita no início do segundo semestre para que
possa ser feita uma análise comparativa dos dados, visto que se espera que
alunos mais competitivos tenham maior motivação para estudar gramática com
intuito de vencer no jogo de perguntas e respostas proposto pela monitoria.
Palavras-chave: Gincana;
Competitividade; Gramática; Inglês.
PEÇA TEATRAL EM UMA ANÁLISE DEÔNTICA
Augusto Lima Mendes –
UFC.
Profa. Dra. Maria
Fabiola Vasconcelos Lopes – UFC.
A
pesquisa aqui apresentada versará sobre a modalidade deôntica a partir da
análise dos valores modais deônticos que permeiam o gênero peça de teatro. O
estudo, ainda em andamento, focalizará os aspectos pragmático-discursivos
dentro do gênero, voltando-se, em particular, para os modalizadores deônticos e
os efeitos de sentido que estes causam dentro do texto. É nosso objetivo tentar
compreender o caráter plurissignificativo que envolve a modalidade, em especial
os modais. A base teórica que norteia esse trabalho encontra apoio em Almeida
(1998), Neves (2006), Lopes (2009, 2012) e Marcuschi (2005). A metodologia
adotada consistiu-se em leituras de base teórica, investigação da literatura,
seleção da peça teatral “À Margem da Vida”, de Tennessee Williams por Léo
Gilson Ribeiro (1964), análise de excertos, classificação, quantificação e
manifestações dos valores da modalidade estudada. A partir da pesquisa, os
resultados obtidos sinalizam, dentre os valores estudados, os de obrigação com
32,1%, permissão com 17,8% e volição 14,2%, como sendo os mais recorrentes até
então. Com base em tais resultados, a investigação revela uma maior incidência
do valor obrigação seguido pelo de permissão, o que permite deduzir uma maior
hierarquização da posição entre as personagens da peça, já que envolve diálogos
familiares entre mãe e filhos. Conclui-se que o estudo é importante, uma vez
que o entendimento acerca dos modalizadores deônticos veiculados no discurso
dos personagens pode fornecer aos licenciados e aos futuros profissionais de
ensino um melhor direcionamento no tratamento de gênero.
Palavras-chave: Modalidade Deôntica, valores, peça de teatro
BILINGUISMO,
CLIL E A GRAMÁTICA DA LÍNGUA INGLESA
Prof. Ms. Alhandra Macedo de Morais Lima – Antares
Prof. Dr. Jean Custódio de Lima – IFCE
Acompanhando
o movimento crescente de implantação de escolas e projetos bilíngues não só em
Fortaleza como em todo o Brasil, a abordagem intitulada CLIL (Content and
Language Integrated Learning) ganhou espaço e vem sendo adotada por um número
cada vez maior de escolas. CLIL é entendido como uma abordagem na qual todas as disciplinas são ensinadas numa das grandes
línguas culturais universais, em vez de seguirem a língua nacional. As escolas
alemãs no estrangeiro, os liceus franceses, as escolas internas britânicas e já
há algum tempo as escolas criadas por instituições europeias para as crianças
dos seus funcionários são exemplos modernos de métodos alternativos que
divergem da instrução curricular tradicional e que utilizam o princípio do ensino
bilingue, ou seja, a integração de uma língua estrangeira com as matérias
disciplinares da escola (JAEPPINEN, 2005. MARSH, 2006; GENESSEE, 2006;). Para
o ensino de inglês, há tempos a abordagem comunicativa reforça o ensino
indutivo da gramática, no entanto, na educação regular, as escolas se
concentravam no inglês instrumental para a leitura de textos, o foco sempre é
em gramática e vocabulário. Em pouco tempo, aproximadamente 4 anos, vimos
escolas conteudistas implantarem projetos bilíngues com um aumento da carga
horária de inglês e a promessa de ensinar o idioma enquanto ensina outras
disciplinas em inglês. Nem professores, nem a comunidade escolar teve tempo de
se preparar para essa mudança e o que observamos são práticas tradicionais de
ensino instrumental da língua estrangeira, forçando sua permanência nas
escolas, mesmo quando os materiais e propostas adotadas pregam idéias diversas.
Precisamos entender o que é CLIL, e como essa abordagem trata do ensino da
gramática. Para tanto, analisaremos o tríptico da linguagem (COYLE, 2010) e os
conceitos de Baker (2006) para BICS (Basic Interpersonal skills) e CALP
(Cognitive Academic Language Proficiency).
Palavras – chave: Clil.
Bilinguismo. Gramática.
Profa.
Dra. Pâmela Toassi Freitas - UFC
Este estudo investigou a produção oral e
escrita de aprendizes de inglês como língua estrangeira com foco nos erros
gramaticais. Acredita-se que os erros de produção podem fornecer informações
sobre o estágio de aprendizagem da língua alvo. Participaram deste estudo 31
falantes nativos de português brasileiro, aprendizes de inglês como língua
estrangeira em nível pré-intermediário. A produção de uma narrativa oral e
outra escrita permitiu a identificação de erros gramaticais, os quais foram
classificados nas categorias de tempo verbal, negação, formação do plural,
preposições, artigos, pronomes, forma do verbo e ordem da sentença. Os
resultados deste estudo mostraram que a categoria gramatical que causou mais
dificuldade na produção do inglês foi a do tempo verbal. A análise das
dificuldades encontradas pelos alunos durante a aprendizagem da língua alvo
pode auxiliar na elaboração de estratégias de ensino.
Palavras- chave: erros gramaticais; inglês como língua estrangeira; aprendizagem de
língua estrangeira.
UMA
ABORDAGEM DEDUTIVA OU INDUTIVA NO ENSINO/APRENDIZAGEM DE GRAMÁTICA EM L2?
Immanuel Ramos Lima - UFC
O questionamento inicial deste estudo busca
estabelecer o ponto de partida para a apresentação, análise e o posicionamento
acerca do amplo e recorrente debate que trata dos fundamentos
teórico-metodológicos do ensino e da aprendizagem de gramática em L2. Considerando-se
que uma abordagem inovadora da gramática de fato auxilia na aquisição de L2
(ELLIS, 1992), uma vez que nesta estejam inseridas, em nível de proficiência
adequado ao dos aprendizes, oportunidades sistemáticas de práticas
comunicativas, este estudo visa alinhar-se ao posicionamento
teórico-metodológico de “interface fraca”, o qual admite uma abordagem
explícita da gramática no ensino e na aprendizagem de L2 (ELLIS, 2006). No
entanto, busca-se apresentar delimitações elementares de cada um dos termos
envolvidos no questionamento das abordagens, para que, em seguida, seja
possível tratar tal questionamento em amplitude. As delimitações, portanto,
são: 1) dos termos ensino e aprendizagem, visando esclarecer e indicar a
proximidade dos mesmos, bem como destacar a relevância que eles tem em relação
à metodologia; 2) das concepções acerca do termo gramática – implícita,
explícita, descritiva, normativa, reflexiva, contrastiva, geral, universal,
histórica e comparada (TRAVAGLIA, 2002), bem como da concepção de gramática do
discurso (LARSEN-FREEMAN, 2003) e da gramática como descrição pedagógica
(CORDEN, 1988) e 3) da distinção entre uma abordagem indutiva em relação a que
é dedutiva, considerando o tipo de concepção gramatical cada uma dessas
abordagens admite, que posicionamento teórico-metodológico as fundamenta e como
de fato são elaboradas. Por fim, alguns exemplos extraídos de livros didáticos
para o ensino de L2 são apresentados, com a intenção de ilustrar e consolidar o
que é tratado no estudo, bem como de propor uma reflexão acerca da viabilidade
de cada abordagem no trabalho do professor de línguas.
ATIVIDADES
PARA O ENSINO DOS VERBOS MODAIS DA LÍNGUA INGLESA SOB UMA PERSPECTIVA DEÔNTICA
E EPISTÊMICA
Larissa de Oliveira Silva - UFC
Paulo Henrique Paiva da Silva - UFC
Uma vez que a língua é concebida como um meio de
interação e também de ascensão social, é comum ouvirmos que o domínio de uma
língua estrangeira (LE) é importante para crescimento acadêmico e profissional
do indivíduo. O ensino de uma LE não é uma tarefa fácil e requer uma boa
didática e uso correto de ferramentas que auxiliem no processo. Na gramática da
língua inglesa, é comum a dificuldade no aprendizado dos verbos modais, tendo
em vista que eles podem expressar diferentes modalidades. Deste modo, a partir
do estudo que tem por objetivo a análise dos diferentes sentidos dos modais e
conforme o contexto no qual estão inseridos, propostas de atividade serão
apresentadas. Tais atividades, abordam os verbos modais da língua inglesa, mais
especificamente aqueles que podem adquirir um caráter deôntico e/ou epistêmico.
As propostas serão voltadas para o ensino da gramática da língua e constituídas
de duas questões, uma discursiva e outra objetiva. Inicialmente, apresentamos
alguns conceitos de modalidade e caracterizamos as modalidades deôntica e
epistêmica, assim como suas respectivas manifestações através dos diferentes
usos dos modais em inglês (should, could, must, may, might etc). Em seguida,
teceremos alguns comentários sobre a abordagem da gramática em sala de aula e
como o ensino pode ser favorecido e otimizado pelo uso de diferentes gêneros
textuais, especialmente nas aulas de LE. Por fim, sugerimos algumas formas de
abordagem das questões propostas, apontando os conhecimentos que precisam ser
mobilizados pelos alunos para a resolução das questões. Como aporte teórico,
recorremos a Palmer (1986), Neves (2006), Lyons (1977), Bland (1996), DeCapua
(2008) entre outros. Assumimos uma perspectiva funcionalista, pois analisaremos
a língua em seu contexto de uso, com o propósito de percebermos como as
escolhas linguísticas dos falantes afetam o sentido das construções gramaticais
e os efeitos que essas escolhas ocasionam.
Palavras-chave: Modalidade deôntica. Verbos modais.
Gramática.
PRÁTICAS DE ELABORAÇÃO E ADAPTAÇÃO DE MATERIAIS
DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE VERBOS DEÔNTICOS MODAIS EM LÍNGUA INGLESA
Profa. Ms. Larisse
Carvalho de Oliveira - URCA
Prof. Ms. Jorge Luis
Queiroz Carvalho - UERN
Reconhecendo a relevância alcançada pela Língua Inglesa (LI) no âmbito
educacional e seu status de língua franca (RAJAGOPALAN, 2005; CRYSTAL, 2012),
decidimos propor esta comunicação a fim de promover um debate acerca das
alternativas de trabalho com essa língua na escola pública em confluência com
os estudos sobre modalidade deôntica. Admitimos que, por razões de natureza
social, econômica, pedagógica e/ou política, o livro didático tem sido, ainda
hoje, a ferramenta mais viável e uma das – se não a mais – comum em salas de
aula da educação básica. No entanto, ressaltamos que, com o advento das novas
tecnologias da comunicação, as possibilidades de adaptar e criar materiais
didáticos foram ampliadas. Objetivamos, assim, abordar noções teóricas
relacionadas a produção e adaptação de materiais didáticos que contribuam para
o ensino-aprendizagem de verbos modais, sobretudo os que detém valores
deônticos. Em relação a temática da elaboração de materiais didáticos e seus
usos nas aulas de LI, dialogamos com trabalhos vinculados as perspectivas de
Saraceni (2003), Tomlinson (2001) e Richards (2005). No que tange aos estudos
sobre modalidade deôntica buscamos, em pesquisas e estudos acadêmicos, aparato
teórico que colabore para o debate sobre a produção de ferramentas educacionais
com vistas, também, ao ensino de gramática (OLIVEIRA, 2016; LOPES, 2009, 2012;
TENUTA et al, 2015; PALMER, 1979, 1986). Os preceitos que discutimos visam uma
prática de ensino emancipadora, que não seja apenas uma extensão de conceitos
gramaticais. O público alvo dessa comunicação são professores de língua inglesa
em formação, professores da educação básica e/ou superior, estudiosos da área e
demais interessados na temática abordada.
Palavras-chave: Elaboração de materiais didáticos; Modalidade
deôntica; Língua inglesa
DDL
FOR GRAMMAR: ENSINO-APRENDIZAGEM DE GRAMÁTICA BASEADO EM CORPUS
Profa. Dra. Diana Costa Fortier - UFC
Os dados são considerados a mais valiosa
commodity do século XXI. Para ser manter alinhada com as demandas do complexo
mundo atual, portanto, a educação deve capitalizar a tendência da tecnologia em
direção à análise de dados. Sistemas digitais de aprendizagem (e.g. Khan
Academy) baseiam-se fortemente sobre a coleta e estudo de informações
disponibilizadas via Internet para todo o globo. A aprendizagem de línguas
estrangeiras baseada em dados é uma abordagem em que “o aprendiz de línguas
também é, essencialmente, um pesquisador, cujo aprendizado é orientado pelo
acesso a dados linguísticos” (Johns, 1991, p.2). É uma abordagem em que os
dados reais sobre os idiomas são investigados pelos alunos e as atividades
centradas se concentram na descoberta de fatos das línguas (Smart, 2014). Pode
ser concebida como a linguística de corpus aplicada à aprendizagem de segunda
língua e de línguas estrangeiras, e é especialmente adequada para o estudo de
colocações (O'Keeffe et al, 2007),fraseologias (Römer, 2009), uso do vocabulário
em geral (Shaw, 2011), entre outros aspectos. O presente trabalho pretende
apresentar e discutir algumas possibilidades de aplicação dessa perspectiva
pedagógica ao ensino-aprendizagem de aspectos gramaticais em Língua Inglesa.
Palavras-chave: Corpus;
DDL; Língua Inglesa; Gramática; Ensino de Gramática
ENTRE
QUERER E PRECISAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NUMA
ESCOLA NO MUNICÍPIO DO CRATO-CE
O ensino de Língua Inglesa, durante a Educação Básica, se depara com
inúmeros obstáculos. Dentre esses, se encontra a dificultosa tarefa de adequar
os vários tipos de metodologias e abordagens de ensino-aprendizagem aos alunos.
Esse, entre outros fatores, acaba influenciando o tipo de abordagem de ensino
da língua estrangeira (LE) a ser utilizada em sala de aula: é possível observar
uma oscilação entre a suposta segurança do método Gramática-Tradução e
abordagens que favoreçam o desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas.
No entanto, o tipo de método ou abordagem acaba sendo um reflexo de um impasse
anterior: a realidade social dos alunos e, consequentemente, da escola. Neste
trabalho, propomos fazer um relato da experiência de ensino de Língua Inglesa
numa escola pública no município do Crato, interior do estado do Ceará. Para
tanto, consideramos o aparato teórico proposto por BROWN (2002) e ALMEIDA
(2012). Num primeiro momento, observamos como documentos oficiais promovem o
ensino de uma língua estrangeira, seja com indicações de abordagens ou até
mesmo na forma de construção do material didático. A partir desses pontos,
pensamos duas principais questões: (1) os alunos querem aprender uma LE?; (2)
por que esses alunos precisam aprender uma LE? É com o cruzamento dessas
informações que propomos possíveis métodos de como tratar o ensino de uma
língua estrangeira no ensino público (seja por meio de oficinas ou até mesmo
materiais didáticos elaborados de forma específica para determinado nível
escolar e grupo social, levando em consideração os multiletramentos), além da
desconstrução necessária de algumas dessas abordagens tidas como tradicionais.
É importante observar que o ensino de uma língua (seja ela nativa ou não), em
muitos casos, vem entre o querer e o necessitar, sendo papel do professor
mediar tais lados.
Palavras-chave:
Relato de Experiência. Ensino e Aprendizagem.
Ensino de Língua Inglesa
A INCIDÊNCIA DE MODALIZADORES DEÔNTICOS NOS
DISCURSOS DE POSSE DE LULA E TEMER
Vanessa Ádrian de Sousa Oliveira - UFC
Leidiane Sousa Barros - UFC
A pesquisa tem como objetivo estudar as formas de expressão da
modalidade deôntica em discurso de posse de presidenciáveis brasileiros.
Considerando o ato de fala do ponto de vista do enunciador, a modalização
deôntica se refere ao princípio da obrigação, da permissão e da proibição.
Apoiamo-nos principalmente em Lyons (1977) a partir da atribuição de um agente
responsável pelos atos realizados, os parâmetros domínio e alvo propostos por
Hengeveld (2006), os meios de expressão de conduta da modalização deôntica como
os verbos auxiliares, verbos plenos, adjetivos em posição predicativa, substantivo
e advérbios sistematizados por Neves (1996) e os valores deônticos de
obrigação, de permissão e de proibição que eles podem adquirir. Desse modo, a
partir dos modalizadores encontrados, procuramos estabelecer os efeitos de
sentido pretendidos sobre o interlocutor. Tomamos como corpus dois discursos:
um do ex-presidente Lula (2003) e um do ex-presidente Temer (2016), verificamos
a ocorrência dos modalizadores deônticos e, em seguida, categorizamos de acordo
com as variáveis valor deôntico e forma de expressão. Acreditávamos que o maior
número de modalizadores apontaria para um sentido de obrigação, pois no
discurso de posse os presidentes dialogavam com a população de maneira que
formasse uma coletividade composta- pelo governante e pelo povo brasileiro
-disposta a resolver os problemas os quais o país enfrentava. Na análise do
discurso do ex-presidente Lula foram encontradas 37 ocorrências, dentre as
quais 23 (62,16%) apontam para a obrigação de um dever-fazer, seguido de 7
casos (18,91%) que produzem um efeito de sentido de proibição de um determinado
fazer ou de manter determinada atitude diante de algumas situações pela
incidência de modalizadores como não-pode e não-permite. No discurso do
ex-presidente Michel Temer foram encontradas 33 ocorrências de modalizadores
deônticos. 23 dessas ocorrências (69,69%) apontam para a obrigação de um
dever-fazer, enquanto que 5 (15,15%) indicam uma proibição de mudar a
Constituição. Verificamos então que, em ambos os discursos, em maior número, há
valores deônticos que assinalam uma obrigação de um fazer expressos por verbos
auxiliares modais como o dever, ter de/que e precisar na primeira pessoa do
plural. Pelos resultados obtidos, observamos que os dois enunciadores, em
grande parte, incluem-se minimamente no discurso que eles proferem, e nisso
dividem as responsabilidades de um fazer com a população brasileira e o
governo.
Palavras-chave: Funcionalismo; Modalizadores Deônticos; Discurso; Valor
Deôntico; Forma de Expressão.
COMPREENDENDO
OS SENTIDOS EM THE GLASS MENAGERIE
Jefeth Gomes de Oliveira Silva Lima – UFC.
Profa. Dra. Maria Fabiola Vasconcelos Lopes -
UFC.
Nesta comunicação optamos por trabalhar a
modalidade a partir de modais específicos da língua inglesa, os social
modals (BLAND, 1996). Primeiramente tratamos e analisamos os modais de
pedido e os modais de menor ocorrência – Might, Ought to e Shall - na peça The Glass Menagerie (1994) por Tennessee
Williams. Nós utilizamos diversas fontes para analisar tais modais, entretanto,
focamos nossa pesquisa nas definições apresentada na gramática Intermediate Grammar: From Form to Meaning
and Use (1996), onde é expresso que os modais - “também chamados de modais
auxiliares - mudam o sentido do verbo principal em diversas maneiras. Os modais
são usados para fazer pedidos, pedir permissão, pedir por conselhos e dar
sugestões. Eles também expressam o que é necessário ou não, e o que não é
permitido. Os social modals expressam
polidez, formalidade, e autoridade em diversas situações.”(BLAND, 1996,
tradução nossa). A análise foi feita através da extração dos trechos da peça
que continham tais modais e comparação de seus usos às definições presentes na
gramática Intermediate Grammar: From Form
to Meaning and Use (1996), porém, se faz necessário destacar que tal
gramática não aborda os usos e significados dos modais em sua totalidade, por
isso utilizamos também de fontes como Longman
Grammar of Spoken and Written English (1999) e Oxford English Dictionary - especificamente ao elucidarmos os usos
e sentido do modal Ought to.
Fundamentalmente, constatamos que modais são auxiliares que mudam o sentido dos
verbos em cenários diferentes. Contudo, durante nossa pesquisa fomos capazes de
examinar que os modais são mais do que apenas elementos linguísticos que afetam
o verbo, ao prestarmos a devida atenção a eles podemos inferir que são
ferramentas gramaticais bastante úteis no que se diz respeito a entender o
sentido central das frases.
Palavras-chave:
Modalidade. Significados. Peça
teatral.
NOUN GROUPS
NA AULA DE INGLÊS INSTRUMENTAL: COMPLEXIDADE, FUNÇÃO SINTÁTICA E O QUE MAIS?
Profa. Ms. Edina Maria Araújo de Vasconcelos
PPGL/UFC
A compreensão do grupo de palavras constitui-se
um verdadeiro achado quando o assunto é leitura instrumental, pois perceber o
seu significado contribui para apreender também o significado do próprio texto.
Partindo da sua concepção primária, a de que o grupo de palavras é “um
constituinte da frase formado de uma sequência de palavras” (DUBOIS, 2014),
este trabalho apresenta reflexões acerca de um grupo específico, o Grupo
Nominal (GN) em língua inglesa, e tem como objetivo, além de revisar a sua
complexidade (modificadores, núcleo) bem como a função sintática (sujeito,
complemento), analisar o seu importante papel no que diz respeito à compreensão
leitora; no entanto, por se tratar de uma discussão baseada nos pressupostos do
Funcionalismo linguístico, que se preocupa em estudar a relação entre a
estrutura gramatical das línguas e os diferentes contextos comunicativos
(CUNHA; COSTA; MARTELOTTA, 2011, p.157; NEVES, 1997, LOPES, 2012, entre
outros), buscamos responder a pergunta exposta no título, tratando também sobre
a função da estrutura linguística dentro do sistema maior, que é a comunicação
humana. Em nossa metodologia, apresentamos o GN a partir do gênero textual
cartaz (online), abordando significado, forma e uso, até o gênero notícia,
ampliando questões relacionadas a vocabulário, classes de palavras, marcas
tipográficas e conhecimento de mundo. Como resultado, observamos que o
conhecimento da dinâmica do GN favorece a autonomia do aluno-leitor em língua
inglesa, ao mesmo tempo em que contribui para o ensino de inglês para fins
específicos. Nesta abordagem, entendemos que tal assunto é pertinente no que
diz respeito ao ensino de gramática e, mais amplamente, ao ensino de língua
inglesa.
Palavras-chave:
Noun Group, Funcionalismo, Gramática
OS GRAUS DA DEONTICIDADE NA PEÇA
TEATRAL
Gustavo da Silva Freire BIA/UFC.
Antônio Lucas de Sousa Montenegro BIA/UFC
Maria Fabiola Vasconcelos Lopes - UFC
Esta
comunicação objetiva apresentar os graus de deonticidade que permeiam a peça de
teatro À Margem da Vida de Tennessee Williams. O estudo é amparado em uma
análise empreendida entre modalidade deôntica e a construção discursiva. A
partir de Lopes (2009; 124) que aponta [...] “que a modalidade lida com o grau
de força que advém do falante ou de outra força, que inclusive pode ser não
especificada” discutiremos os graus de força acionados no discurso dos personagens
interlocutores na peça teatral na versão traduzida por Léo Gilson Ribeiro
(1964). O estudo de base funcionalista, nos permite reconhecer os graus forte,
fraco e normal e os impactos desses usos na interação dos personagens
interlocutores. Assim, a base teórica encontra apoio em autores como
Lyons (1977), Palmer (2001), Neves (2006), Lopes (2012) e outros. A metodologia
consistiu em leituras dirigidas, investigação da literatura, seleção da peça,
análise dos excertos, classificação e quantificação dos graus de deonticidade.
Os resultados revelam que o grau forte foi mais recorrente em 66,92%, sendo o
grau de força médio revelado em 18,28% e o fraco em 14,78%. Com base em tal
resultado, a pesquisa revelou a presença de imposições mais frequentemente
ditadas pela personagem da mãe na trama. Isso sinaliza um teor elevado do
dominador sobre o dominado. Trata-se então, de uma investigação que permite
contribuir para a discussão dos graus de força envolvendo a modalidade. Por fim, a investigação é desenvolvida atrelada ao projeto
de Lopes (2019) Deonticidade em texto escrito para ser falado.
Palavras-chave:
Graus de deonticidade; Modalidade; Peça teatral.
EXAMES DE LÍNGUAS EM LABORATÓRIO:
PRODUÇÃO ORAL, ESCRITA E COMPREENSÃO AUDITIVA
Profa.
Ms.Verônica de Melo Fernandes – Cultura Britãnica - UFC.
Os
exames de línguas em laboratório é um projeto desenvolvido na Universidade
Federal do Ceará, especificamente na Casa de Cultura Britânica, desde 2017. O
projeto é sustentável e visa diminuir o uso de papel na aplicação de provas,
usando programas de computação (softwares) e a plataforma SOLAR desenvolvida
pela UFC Virtual para esse fim, instalados em computadores dos laboratórios do
Centro de Humanidades- CH I, disponibilizados para a sua aplicação. O projeto,
além de diminuir custos com papel para a realização de exames, é pioneiro na
aplicação de provas de língua estrangeira, explorando as habilidades de ler,
ouvir, falar e escrever em universidades brasileiras. O projeto também torna a
atividade de provas um ambiente CALL – Computer Assisted Language Learning
(Aprendizagem de Línguas Assistida por Computador) (Brown, 2001; Egbert &
Hanson-Smith, 1999). O público alvo, no momento, são os alunos das Casas de
Cultura Britânica da Universidade Federal do Ceará que estão bastante motivados
com um inovador estilo de prova. A plataforma SOLAR tem também a capacidade de
agilizar o processo de correção de provas. Isso faz com que os resultados das
avaliações tais como, gramática e compreensão auditiva sejam automatizados, ou
seja, logo após o término da prova, o resultado já pode ser disponibilizado
para os alunos. Esse novo estilo de prova, visa tornar os alunos da comunidade
acadêmica mais tecnologicamente aptos a fazer provas usando computadores como
na aplicação de exames do tipo TOEFL em institutos e universidades
internacionais, contribuindo assim para a internacionalização da Universidade
Federal do Ceará.
Palavras-chave: Exames, Laboratório, CALL,
Internacionalização
FORMAÇÃO
DO PROFESSOR: QUESTÕES SOBRE O ENSINO DE UMA GRAMÁTICA FUNCIONAL
Profa. Ms. Mizilene Kelly de Souza Bezerra – IFCE.
O ensino de gramática sempre foi objeto de
investigação para inúmeras pesquisas, principalmente no que compete à sua
abordagem para a prática nas aulas de língua portuguesa. A constante
preocupação decorre desde as dificuldades encontradas pelos alunos para
compreensão dos conteúdos até as metodologias tradicionais perpetuadas ano após
ano, e como muitas das pesquisas desenvolvidas ainda não se constituem como
referência no ensino básico, o processo de aprendizagem continua se
apresentando de forma insatisfatória. Considerando esse contexto, este trabalho
suscita discutir acerca da formação do professor de língua materna a partir da
análise dos Programas Gerais de Componentes Curriculares (PGCC) da graduação de
Letras Vernáculas/CAMEAM/UERN, utilizados no semestre 2018.2, em específico os
componentes de maior articulação com a gramática. Para tanto, fundamentamo-nos
com base em estudos realizados por Furtado da Cunha; Bispo e Silva (2013);
Furtado da Cunha e Bispo (2012); Martelotta (2011), entre outros pesquisadores.
Cabe destacar o procedimento qualitativo desta pesquisa, além de se
caracterizar pelos procedimentos de cunho bibliográfico e natureza descritiva.
Quanto ao método, adotamos o indutivo por possibilitar as conclusões baseadas
na realidade concreta do objeto em estudo. As disciplinas apontam aproximações
com a abordagem funcional por priorizarem um ensino contextualizado e, também,
por refletir em torno da visão tradicional de gramática, além de possuírem
caráter discursivo com relação as abordagens práticas para a sala de aula.
Esperamos com isso contribuir para a relevância que se apresenta diante das
discussões, de modo a reforçar a preocupação com a prática docente, em
especial, com o ensino de gramática.
Palavras-chave: Gramática. Linguística funcional
centrada no uso. Formação do professor.
I’VE
BEEN TO … X I’VE GONNE TO … - WHAT A MESS!
Profa.
Ms. Márcia de Melo Fernandes Gradvohl - Cultura Britãnica - UFC.
O ensino de estruturas gramaticais e seu uso
correto é uma das maiores dificuldades no ensino da língua inglesa. Muitos
alunos apresentam dificuldades na aprendizagem do Presente Perfeito pois
acreditam que sua referência acontece apenas no contexto de uma ação que vem se
desenvolvendo de um tempo passado até o presente. Um dos pontos de dificuldade
é discernir entre o sentido de I’ve been to ... e I’ve gone to ... – que
confusão! Nossa proposta é apresentar como o aluno é despertado para o uso
correto do Presente Perfeito e a aplicação correta de seu(s) uso(s),
especialmente diferenciando as duas formas. Seguindo a metodologia apresentada
pelo livro English file – Third Edition escrito pelos autores Christina
Latham-Koenig e Paul Seligson , a apresentação baseia-se em exercícios lúdicos
e a explicação apresentada em sala de aula, visando esclarecer o uso da
estrutura gramatical seguindo a abordagem comunicativa.
Palavras
chave: uso, diferenciar, Presente Perfeito
ENSINO
DE INGLÊS PARA FINS ESPECÍFICOS NO CONTEXTO DO INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ
Profa. Ms. Adriana da Rocha Carvalho - IFCE
O objetivo desta
comunicação é apresentar algumas características do ensino da língua inglesa
para fins específicos – English for Specific Purposes – mais
conhecido como inglês instrumental, no Instituto Federal de Educação do Ceará
(IFCE). A adoção de uma abordagem de ensino de línguas para fins específicos
por parte das universidades brasileiras e institutos federais mostrou-se
bastante atrativa por sua tendência em ser um curso mais rápido, prático e
eficaz. Contudo, faz-se necessário refletir a forma como está sendo
implementado o ensino e aprendizagem de língua inglesa e se ele vem dando conta
das demandas dos estudantes e suas necessidades em um mundo sem fronteiras que
demanda outras competências que não somente o domínio de uma habilidade
linguística. Nessa comunicação falarei um pouco do percurso histórico do ensino
de ESP no Brasil, abordarei a diferença entre algumas
tipologias de ESP, discutirei os modelos de programa de estudos
utilizados no IFCE para área de tecnologia e as ideias de que eles refletem
acerca de como deve ser o ensino de línguas para fins específicos com base em
autores como Basturkmen (2006), Long (2005), Dudley-Evans e St. John(1998) e
Swales (1990).
Palavras-chave: ESP;
ICT; IFCE
O ENSINO DE TRANSCRIÇÃO FONÉTICA
PARA ADULTOS INICIANTES EM AULAS DE INGLÊS.
Franciso Alerrandro
Araújo - UFC
O ensino da pronúncia e
de sua transcrição fonética é tradicionalmente relacionada com o “foco na
forma” (acuidade), sendo talvez esta a razão pela qual esta prática enfrenta
certa resistência por parte dos adeptos da abordagem comunicativa. Segundo Celce-Murcia,
Brinton e Goodwin (2000), ao ser definida tradicionalmente como a produção
correta dos sons, ritmo e entonação da língua, a pronúncia não foi enfocada no
movimento comunicativo do ensino de línguas, pois ela não promovia a interação
entre o sonoro e a função e significado dos eventos da língua. Parece não haver
um consenso a respeito da importância do ensino desta habilidade para a
aprendizagem. Enquanto um número de professores de Inglês como LE acreditam que
o ensino da pronúncia seja uma prática ultrapassada e conservadora, dando mais
importância ao ato de comunicar em si, outros já concebem o ensino da pronúncia
como um aspecto essencial para garantir o sucesso da capacidade de comunicação
do aluno. Há uma série de estudos que tratam dos efeitos do ensino explícito de
pronúncia para aprendizagem de uma LE como Neufeld (1978), Ellis (1994), Long
(1983), Norris e Ortega (2000). Outra argumentação a favor do ensino explícito
da pronúncia e que integro o auxílio da transcrição vem de Littlewood (2004),
que afirma que “é claro que a instrução tem efeitos na aprendizagem no caso
daqueles muitos falantes de segunda língua cuja habilidade vem apenas da
instrução em sala de aula, suplementada talvez por uma limitada quantidade de
prática fora da sala de aula”, que é exatamente o caso do Brasil. Desta forma,
o presente estudo investigou os efeitos do ensino explícito da pronúncia em
aulas de inglês como língua estrangeira, através da transcrição fonética. Foi
conduzida uma pesquisa-ação intervencionista com duas turmas de aprendizes
adultos do nível básico de inglês num curso de inglês – Iguatu/CE. Cada turma
possuía mais ou menos 20 alunos. Em uma das turmas houve intervenção de aulas
explícitas de pronúncia semanais durante um semestre, através de transcrições
fonéticas. Todos os participantes foram gravados uma vez antes e uma outra vez
após as intervenções. O corpus utilizado foi analisado no nível segmental,
através de palavras que possuíssem “th”, consoantes aspiradas, “h” aspirado ou
não, diferenciações em alguns sons vocálicos e consonantais (man, men, beat,
bit, beach). Suas gravações foram transcritas e analisadas foneticamente. Os
resultados indicam, entre outras conclusões, que há efeitos positivos na
instrução explícita da pronúncia e que esses efeitos são duráveis. A turma com
intervenções de pronúncia através da transcrição fonética e explicação
articulatória se sobressaiu, na segunda gravação, da turma onde não houve
intervenção de pronúncia. Como Collins e Mees (2008) argumentam, “muitos professores
de línguas sentem que eles não têm tempo suficiente para dar aos seus alunos
treinamento prolongado de pronúncia” através da transcrição fonética e que, por
isso, “alguns, na verdade, não devotam nenhum tempo para isso sequer”.
Portanto, aqui está a última etapa necessária em uma pesquisa-ação, que é da
disseminação dos resultados, conscientizando professores de línguas de que as
aulas de pronúncia não precisam ser prolongadas e nem necessitam de tempo extra
no currículo para surtirem efeito. Os alunos não necessariamente precisam ter
aulas de pronúncia além de suas aulas de língua, mas suas aulas de língua, se
incorporarem instrução e prática fonético-fonológica consistente, explícita e
específica, mesmo que por pouco tempo, trarão benefícios comunicativos. Vale
ressaltar que um dos principais matérias utilizados para o trabalho com os
alunos para o ensino de transcrição fonética e, consequentemente o aprendizado
da pronúncia da língua inglesa foi o livro “English Pronunciation for
Brazilians” (GODOY; GONTOW; MARCELINO, 2006).
Palavras chave: transcrição fonética; ensino; língua inglesa
EXERCÍCIOS DE GRAMÁTICA E AS CONCEPÇÕES DE LÍNGUA
E LINGUAGEM DE LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA INGLESA: ALINHAMENTOS E DIVERGÊNCIAS
Profa.
Ms. Priscila Sandra Ramos de Lima - UFC
O presente estudo objetivou analisar se as atividades de gramática
propostas em duas coleções de livros didáticos de Língua Inglesa estavam
alinhadas às concepções de língua e linguagem adotadas pelos autores em suas
obras, discriminadas no manual do professor. Baseamo-nos nos pressupostos
teóricos de Halliday, McIntosh e Strevens (1974), dentre outros autores, a
respeito das abordagens produtiva, prescritiva e descritiva do ensino de
gramática. Metodologicamente, a pesquisa caracteriza-se como documental. O
corpus foi composto por extratos acerca do Simple Present dos livros didáticos
do 1º ano do Ensino Médio, das obras Way to go, de Cláudio Franco e Kátia
Tavares e Learn and share in English, de Amadeu Marques e Ana Carolina Cardoso,
que fazem parte do catálogo do Programa Nacional do Livro Didático para o
Ensino Médio (PNLM) triênio 2018, 2019 e 2020. Os autores das duas obras
amparam-se na concepção dialógica da linguagem de Bakhtin (2000). A partir que
uma análise qualitativa-interpretativista constatamos que as duas obras
trouxeram exercícios contextualizados, voltados para a interação, uso e
reflexão sobre as estruturas da língua, condizentes com as premissas
bakhtinianas.
Palavras chave: Gramática. Livro didático. Língua Inglesa. Concepção de
Língua e Linguagem.
ENSEÑANZA DE GRAMÁTICA: UN DESAFÍO PARA EL
ENFOQUE COMUNICATIVO
Nathália Cardoso Maciel – UFC
Las metodologías de enseñanza de lengua extranjera (LE) han evolucionado
a lo largo de la historia, de acuerdo con el sentido y la función que las LE
ejercían en cada época. Hoy en día, se vive un contexto globalizado, en que las
LE se estudian mayoritariamente con el reto de establecer la comunicación entre
pueblos y culturas. Además, el desarrollo de las ciencias cognitivas,
intensificado desde los años 1960, cambió la perspectiva de
enseñanza-aprendizaje y de adquisición/aprendizaje de una lengua. Delante de
este extenso escenario, encontramos el profesor de lenguas extranjeras, con el
desafío de situar el aprendizaje de una LE teniendo en consideración la
complejidad de los procesos cognitivos y sus variantes, en una nueva
configuración metodológica de la enseñanza, que hace algunas décadas
experimenta la migración del estructuralismo hacia el enfoque comunicativo. En
ese proceso de transición, se identifica la dificultad de abordaje de la
gramática en clases de lengua extranjera dentro de un enfoque verdaderamente
comunicativo. En este trabajo, intentamos comprender por qué en este contexto
resulta tan difícil para profesores y alumnos trabajar este aspecto de la
lengua en las clases, y, además, buscamos analizar cómo el análisis de errores
y las formas de evaluación pueden ser aliados fundamentales para que el
profesor sea capaz de desarrollar prácticas de enseñanza de gramática de una
manera que no sea aburrida, encarada como difícil, desnecesaria o fuera de
contexto, es decir, integrando este apartado a los demás. Para ello, utilizamos
el aporte teórico de Baralo y de Gargallo como base para los estudios de
español como lengua extranjera, las consideraciones de Almeida Filho y de
Maqueo sobre el enfoque comunicativo, y los apuntes de Fernández y Baptista y
de Tavares sobre los procesos de experimentación y evaluación.
Palavras chave: Gramática; Enfoque Comunicativo; Análisis de Errores;
Evaluación
AQUISIÇÃO DA SINTAXE NA L2 E O MOVIMENTO SINTÁTICO
Mailson
Felício da Silva - Universidade Estadual Vale do
Acaraú
Durante muito tempo, a linguística foi palco de propostas teóricas
criadas por psicólogos que ousaram responder determinadas dúvidas e
questionamentos como: de que maneira a criança aprende uma L1? O processo é o
mesmo para uma L2? Este era e ainda é um tema não completamente resolvido pela
linguística e ainda paira muitas dúvidas e questionamentos a respeito. Em uma
época quando a ciência linguística dava os primeiros passos em direção a
respostas sobre este assunto, prevalecia a teoria behaviorista, bastante
criticada até os dias de hoje, que defendia o processo de aquisição como algo
mecânico baseado em estímulos e respostas (SKINNER, 1957). Todavia, com a
“Revolução cognitiva” (BANDINI; CÉSAR, 2009), que teceu críticas à teoria
behaviorista, a aquisição da língua passou a ser vista como um processo mental
devido à predisposição genética (CHOMSKY, 1959). Baseado neste processo mental,
iremos analisar o movimento sintático dos verbos contido na sintaxe da L2,
ambos frutos do processo cognitivo humano (SLABAKOVA, 2016). Mergulharemos
nesse vasto mar do conhecimento gerativista, discutiremos como os defensores
dessa teoria mentalista (KATO, 1995) explicam o fenômeno de aquisição de L2,
focando na sintaxe, que está diretamente relacionada à lógica dos elementos em
um sintagma. Ressaltaremos o movimento dos verbos e assim entenderemos um pouco
mais sobre o movimento sintático (SLABAKOVA, 2016) na língua inglesa em
contraposição ao português. Discutiremos também as nomenclaturas que serão
usadas no decorrer do trabalho, como também conhecimentos básicos como a
diferenciação de língua e linguagem (CHOMSKY, 1986). Esse estudo é crucial para
aprimorarmos o ensino para os aprendizes de L2, pois entenderemos que o
processo de aquisição é mental e quando é consciente poderá existir implicações
na aquisição da L2.
Palavras chave: Sintaxe, movimento sintático, Chomsky
O USO DOS FALSOS AMIGOS EM AULAS DE LÍNGUA
ESPANHOLA PARA BRASILEIROS.
Maria Camila Barros Alcântara – CCI Jóquei
Neste artigo, apresentamos uma
pesquisa realizada à luz dos pressupostos teóricos de
Pontes (2014), Furtado (2012), Sestrem (2012), Garcia (2009), Molina (2004),
Leiva (1994). Em aulas de línguas estrangeras, é impossível não dar ênfase ao uso dos
Falsos Amigos devido à sua relevância para a efetiva aquisição da língua em
estudo, já que, segundo o Marco Comum Europeu de Referência para
o ensino de LE, faz-se necessário levar em consideração aspetos a serem
acompanhados na planificação de atividades de ensino/aprendizagem e consequente
avaliação, como a riqueza e o número de palavras que se exige do aluno, o
alcance que se refere às temáticas apresentadas e o controle que o aluno deve
ter sobre o vocabulário. Nosso objetivo
geral foi investigar as estratégias de ensino sobre o uso dos Falsos Amigos em
aulas de Língua Espanhola dos Centros Cearenses de Idiomas do estado do Ceará
(CCI’s) por meio de uma análise qualitativa. Para tanto, delimitamos três
objetivos específicos: a) Mapear as estratégias de ensino sobre o uso dos
Falsos Amigos em aulas de Língua Espanhola nos CCI’s; b) Identificar como o
processo de aquisição dos Falsos Amigos é avaliado pelos docentes; c) Averiguar
como os materiais teóricos, como livro didático, gramática e atividades
utilizadas pelos professores nas sequências didáticas sobre Falsos Amigos
contribuem para o êxito do ensino-aprendizagem. Como resultado desse estudo,
elaboramos uma sequência didática lúdica com o uso dos Falsos Amigos a partir
do diagnóstico obtido durante a análise do material utilizado e da metodologia
aplicada pelos docentes.
Palavras chaves: Falsos Amigos, Ensino de LE, Sequência
Didática.
INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA NO ENSINO DE GRAMÁTICA NA
ABORDAGEM COMUNICATIVA COM O USO DE MÉTODOS INTEGRADOS.
Danielle Clarice Arrais de Araújo Oliveira - UFC
No ensino de gramática em língua inglesa dentro da abordagem
comunicativa, há uma preferência pelo método indutivo já que, de acordo
com Brown (2000), o aprendizado se dá através do uso e interação com a língua
para gerar um aprendizado significativo. A realidade no ensino do inglês dentro
da abordagem comunicativa muitas vezes é limitada às diretrizes da escola,
especialmente nos cursos livres de idiomas. Após todas as avaliações de um
semestre, os alunos haviam desenvolvido a fala e as estratégias auditivas com
mais acurácia e velocidade do que a escrita e o uso de gramática. Com as
recorrentes dificuldades dos alunos nas avaliações, criamos um projeto de
intervenção pedagógica no qual cada professor seguiria a metodologia dedutiva
sugerida pela escola, mas observariam os alunos com dificuldades no aprendizado
de gramática desde o primeiro dia de aula. Os professores deveriam
fornecer um feedback semanal para que pudéssemos elaborar outras estratégias
com outras metodologias de ensino para serem aplicadas em sala de aula, ou
fora, para suprir as necessidades de aprendizado dos alunos e acessar as
dificuldades antes das primeiras avaliações, ao invés de esperar pelas notas
para só depois agir. Em concordância com Harmer (2007) acrescentamos, adaptamos
e substituímos algumas atividades propostas pelo material didático. Essa
intervenção por uma equipe pedagógica para auxílio dos professores funcionou
como projeto piloto a fim de sentir se tal projeto se desenvolveria com efeitos
positivos, objetivando acessar os problemas mais recorrentes entre os alunos e
orientar a elaboração de práticas para uma intervenção futura. Nesse momento o
projeto não objetivou dados quantitativos. Assim compartilharemos um modelo de
acompanhamento para atividades que se desenvolveu nas etapas de método
dedutivo, exercícios, análise do uso de gramática, feedback com equipe
pedagógica, plano de ação, aplicação de atividade alternativa e nova análise do
uso de gramática.
Palavras-chave: Ensino de Língua
Inglesa, Gramática, Abordagem Comunicativa, Intervenção Pedagógica,
Metodologia.
A CONSTRUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS: DO PENSAMENTO À
ESCRITA
Ana Paula de Medeiros Ribeiro - UFC
Este trabalho apresenta o relato de experiência de uma das oficinas realizadas na
disciplina Metodologia de análise de dados qualitativos na pesquisa científica,
ofertada pelo Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, da Universidade
Federal do Ceará. O objetivo deste componente curricular é possibilitar aos
alunos a compreensão dos fundamentos teóricos e aplicados que lhes permitam
realizar a pesquisa qualitativa em Educação, bem como reconhecer a
especificidade desta abordagem e os diferentes contextos de aplicação a que se
adequa. O primeiro tópico do programa denomina-se: Do pensamento à escrita:
discussões acerca da reflexão sobre a produção escrita. A princípio, foi
utilizada uma sequência didática, disponibilizada aos alunos pelo SIGAA. Este
documento apresentava um roteiro de estudos preliminares sobre a tríade:
pensamento-linguagem-escrita. A iniciativa é afeita às metodologias ativas de
aprendizagem, mais precisamente, à sala de aula invertida (BERGMANN; SAMS,
2018), uma vez que propõe aos estudantes que iniciem a aula antes mesmo do dia previsto
para o encontro presencial, realizando atividades assíncronas dentro do tempo e
da disponibilidade de cada um. Na primeira sequência didática, havia
orientações aos alunos para utilizar o roteiro, explicações, sugestões de
vídeos e de leituras, bem como perguntas provocadoras. No dia do encontro
presencial, a discussão sobre o ponto principal do tópico, ou seja, a interação
entre pensamento-linguagem-escrita, foi muito mais interessante e aprofundada.
Nas sequências didáticas 2 e 3 foram trabalhadas algumas das operações mentais
que são bastante presentes nas pesquisas qualitativas, quais sejam: observação,
descrição, comparação, classificação, análise e síntese. O trabalho com esses
assuntos auxiliou os alunos a perceberem que a adequada organização do
pensamento e a competência linguística, que inclui o domínio da gramática,
contribuem diretamente para o desenvolvimento da escrita dos textos acadêmicos.
Algumas atividades foram propostas para exercitar a produção de textos do
diário de campo (observação e descrição) e dos ensaios das análises de suas
pesquisas (comparação e classificação). Assim, a escrita desses textos passou a
ser melhor planejada e constantemente revisada culminando em produções que
atendem ao gênero e à norma padrão da Língua Portuguesa.
Palavras-chave: Pesquisa qualitativa – Produção de
texto – Linguagem
PRONOUNS
MAZE
Profa. Esp. Daniele
Lima Miranda – CCI Jóquei
Adriano de Souza
Marinho - CCI Jóquei
Nessa produtiva
atividade, os alunos praticam frases do dia a dia, sobre atividades realizadas
no momento ou em progresso usando o presente simples e o presente contínuo. A
atividade, que é apresentada em slides, desafia o aluno a completar as frases
com o pronome adequado. Esta atividade surgiu da necessidade de apresentar uma
proposta de intervenção em formato de jogo para ser usada em uma aula de Língua
Inglesa com enfoque na gramática, que trabalhasse mais especificamente o presente
simples, o presente contínuo e os pronomes de forma lúdica. O uso de jogos e de
tecnologia no ensino de línguas estrangeiras está se tornando cada vez mais
comum nas salas de aula do ensino regular e dos cursos livres. Tais ferramentas
se fazem necessárias em um contexto em que crianças e adolescentes vivenciam um
mundo globalizado, em que a motivação e a concentração se tornam tarefas cada
vez mais difíceis para professores, uma vez que o que é usado num dado momento,
se torna obsoleto rapidamente. Vygotsky (apud Chaguri, 2007) aponta a motivação
como um dos fatores principais não só para o sucesso da aprendizagem, como
também na aquisição de uma língua estrangeira. Para Neves (2007), a criança e
mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, por que acima de tudo
ela não é lúdica, não é prazerosa. Além disso, como apontado por Finardi, Prebianca
e Cardoso (2013), o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)
deixou de ser uma opção, para se tornar uma condição de exercício de cidadania
numa sociedade onde a informação se multiplica exponencialmente e é transmitida
sem barreiras geográficas depois do advento da internet. Dito isto, os jogos se
mostram muito proveitosos e constantemente ganham espaço nas salas de aula, por
serem atividades lúdicas que visam estimular o envolvimento dos alunos no
processo de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Jogos, pronomes, presente simples,
presente contínuo.
AS
CAPACIDADES DE LINGUAGEM E O ENSINO DE GRAMÁTICA: UMA
ANÁLISE
DOS EXERCÍCIOS DOS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA
PORTUGUESA
DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS
Maria Greiciane Mesquita
Sousa - UFC
Esta pesquisa tem como
objetivo geral analisar como as atividades de produção, compreensão textual e
análise linguística dos livros didáticos de Língua Portuguesa do 6º ano
contribuem para o desenvolvimento das capacidades de linguagem dos alunos,
considerando a perspectiva de língua que os livros apresentam. Compreendendo a
importância da continuidade das discussões sobre o ensino a partir de gêneros,
do aspecto de uso social da língua que é trabalhado em sala de aula, sobre a relevância
das capacidades de linguagem para a compreensão e produção de gêneros e sobre o
livro, que ainda hoje em grande parte das escolas, é o principal guia de ensino
dos professores de Língua Portuguesa, é que se propõe uma análise dos comandos
de exercícios que pretendem trabalhar leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, analisando se estes conseguem requerer dos alunos a utilização das
capacidades de linguagem. A motivação vem da continuidade dos estudos sobre o
ensino a partir de gêneros na escola e da necessidade que se vê de suscitar
mais discussões a respeito do letramento crítico e reflexivo em sala de aula.
Para o desenvolvimento da pesquisa ancoramo-nos nos pressupostos teóricos do
Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCHART, 2006) e nos trabalhos de didatização
de gêneros de Dolz, Pasquier, Bronckart (1993) e Dolz, Schneuwly (2004),
compreendendo a importância de se trabalhar com a língua a partir do seu
contexto de uso e com os mais diversos gêneros, buscando desenvolver a
competência comunicativa dos falantes, orientações que estão presentes nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (1999) e na Base Nacional Comum Curricular
(2017), bem como nos estudos de Lopes (2014) e Lopes, Silva (2019). Quanto à
metodologia, optou-se pelo método indutivo e aos procedimentos quantitativos e
qualitativos de análise de dados, visto que serão selecionados seis livros de
edições atuais que estejam sendo utilizados em escolas públicas e particulares
de ensino fundamental II, destes será analisado os exercícios de leitura,
compreensão e escrita de textos e de análise linguística presentes nos
primeiros capítulos. Esperamos que os
exercícios propostos não estejam em uma abordagem que trabalhem apenas a superficialidade
do texto, mas que considerem o contexto, os aspectos linguísticos, estruturais,
reflexivos e discursivos dos gêneros, bem como o seu contexto discursivo e a
competência dos falantes na compreensão e utilização destes, buscando evocar e aprimorar
nos alunos as capacidades de linguagem. Ansiamos ainda que, quanto ao ensino de
gramática, a abordagem seja feita considerando a língua no seu aspecto social, privilegiando
o contexto de uso e não apenas a normatividade advinda dos manuais.
Palavras-chave: Capacidades de Linguagem; Gêneros
Textuais; Interacionismo
Sociodiscursivo; Livro Didático; Exercícios.
JOGO
DE TABULEIRO NA AULA DE GRAMÁTICA PARA O LABORATÓRIO
Paulo
Sérgio Pereira de Oliveira (UFC)
Em
primeiro lugar, segundo Weinstein e Mayer (1986) para aprender um novo
conteúdo, um dos primeiros passos para absorver o conhecimento é a relevância.
Em segundo lugar e de acordo com Krashen (1982), sabe-se que a ansiedade e a
pressão podem afetar a mente do estudante de língua estrangeira. Nessa
perspectiva, a presente comunicação se volta para o compartilhamento de uma das
atividades de gramática desenvolvidas dentro do projeto de residência na
Universidade Federal do Ceará. A dinâmica proposta pelos residentes envolvidos
no projeto proporcionou a interação verbal que pode ser orientada e executada
na língua estrangeira. Em particular, os residentes propuseram a integração da
atividade ou dinâmica na aula de inglês.
A dinâmica foi pensada unicamente para a aula de laboratório. Além
disso, os alunos foram divididos em 02 grupos e tiveram que usar a estrutura there to be de acordo com um tabuleiro
cujas casas continham imagens de objetos. A pontuação da referida atividade foi
regida pelo correto uso da estrutura gramatical there to be. A atividade foi realizada na escola ETI Nossa Senhora
de Fátima com os alunos do sétimo ano B. O êxito da dinâmica foi registrado uma
vez que os alunos responderam de forma positiva e satisfatória. Assim sendo ao
final do processo os residentes registraram tais acertos. Por fim, a atividade
é relevante por estimular a prática oral dos alunos; prática que geralmente não
é abordada em sala de aula, de língua estrangeira, no sistema público de ensino
Palavras-chave:
língua inglesa; prática gramatical; atividade para laboratório.
ATIVIDADE
GRAMATICAL SITUACIONAL COMO FERRAMENTA EM SALA DE AULA
Marcelly de Souza Silva - UFC
O trabalho por ora apresentado emerge da participação no
projeto de Residência Pedagógica em Língua Inglesa da Universidade Federal do
Ceará em uma escola pública municipal de Fortaleza, a qual aconteceu no período
de setembro de 2018 a junho de 2019. Na ocasião foram desenvolvidas uma série
de atividades com os alunos. Tais atividades ocorreram no contexto de uma
escola municipal de tempo integral de ensino fundamental, na aula de língua
inglesa no laboratório de informática com uma turma do 7º ano. Considerando que
as gramáticas são ferramentas utilizadas pelos professores na construção do
conhecimento de uma língua, é esse conjunto de regras que ajudará os alunos a
adaptar seus discursos de acordo com o momento. Halliday (2014) afirma que,
sempre que o ser humano usa a linguagem, há algo mais acontecendo, há um
contexto, uma experiência humana por trás. A estrutura gramatical construída
pelo aluno deve ter um significado para ele. Diante disso, foi realizada uma
atividade/dinâmica chamada “Quem Sou Eu?” onde os alunos foram divididos em
dois grupos e cada um tinha que construir frases com o verbo To Be com o
objetivo de apresentar um personagem conhecido por eles (funcionário da escola)
para que o outro grupo tentasse descobrir quem era a pessoa descrita. Diante do
exposto, consideramos que a atividade envolvia o contexto situacional de uso
que auxiliaria na geração de significados e revelaria as intenções dos alunos
enquanto falantes. Nesse momento, tal intenção se atrela a caracterização de
alguém. O desempenho dos alunos foi bastante satisfatório assim como a
participação e o envolvimento na atividade. Trata-se aqui de um relato de
experiência.
Palavras-chave: Gramática; Ensino-aprendizagem; Contexto.
PALAVRAS
COMPOSTAS POR JUSTAPOSIÇÃO EM LÍNGUA INGLESA, INFERÊNCIA LEXICAL E O CONTEXTO.
Yunisson Fernandes Silva -
UFC
Nosso trabalho busca descrever como estudantes de inglês como língua
estrangeira encaram as palavras compostas por justaposição da referida língua,
aparentemente simples. Esse processo se dá pela junção de uma palavra à outra
sem que haja alteração de suas formas como é o caso de boyfriend, por exemplo. Contudo, o resultado da justaposição em
inglês, nem sempre é a soma dos significados dos termos iniciais, e palavras
como blacksmith e butterfly acabam se constituindo em
verdadeiras armadilhas para aprendizes que buscam desvendar seus significados a
partir de seus itens morfológicos. Nossos resultados demonstram que o contexto
linguístico serve de inferência lexical apenas parcialmente na recuperação do
sentido dessas palavras. Os aprendizes ainda continuam usando
o processo de tradução das partes, mesmo com o auxílio do contexto para
desvendar o sentido da palavra. Para o desenvolvimento da pesquisa procedemos à
seleção de uma lista com vinte e duas palavras compostas por justaposição cujos
significados não são resultantes da soma dos sentidos dos itens que as compõem.
Como aparato teórico, partimos dos estudos de Kleiman (1985), no que diz
respeito às práticas de leituras e a importância do contexto linguístico no
processo de compreensão das palavras e Laufer (1997) no que tange aos problemas
existentes com palavras compostas em língua estrangeira e a codificação do
léxico no processo de compreensão textual. A pesquisa tem
o seguinte percurso metodológico: (1) seleção do corpus, (2) Coleta de dados – (2.1.) Questionário perfil do
informante, (2.2.) Teste aberto 1: tradução de palavras compostas por
justaposição, (2.3.) Teste aberto 2: tradução dos itens que formam as palavras
compostas, (2.4.) Teste de múltipla escolha 1 – palavras descontextualizadas,
(2.5.) Teste de múltipla escolha 2– palavras contextualizadas e (3) Análise dos
dados.
Palavras-chave: palavras
compostas por justaposição, contexto, inferência lexical.
O QUIZ COMO TAREFA DE APRENDIZAGEM DO SUPERLATIVO.
Luzimara Silva de Sousa (UFC)
Ana Raquel Pinto Vasconcelos (UFC)
Com o objetivo
de revisar o conteúdo gramatical já estudado em sala de aula, vê-se a
necessidade de desenvolver ações que motivem a aprendizagem da língua inglesa,
para que assim os alunos melhor possam se envolver na realização de atividades
de revisão ou fixação. Segundo Crookes e Schmidt (1991; 480), a motivação se
torna importante "na medida em que controla o engajamento e a persistência
nas tarefas de aprendizagem". Também, de
acordo com Michelon Dorildes (2003; p.1), [...] ¨a motivação é um aspecto
relevante no êxito da aprendizagem¨ [...]. Dessa
forma e a partir de teorias motivacionais, esta comunicação apresenta um relato
de experiência durante a residência pedagógica. A atividade que aqui
compartilhamos foi desenvolvida no laboratório de informática com alunos do
oitavo ano de uma escola pública de Fortaleza na qual os alunos em grupos
responderam a um quiz no site Kahoot. Esse quiz era
composto de quatorze perguntas usando o superlativo da língua inglesa. Salientamos
que os alunos já haviam estudado o superlativo na língua supracitada em sala de
aula e também com os residentes do programa residência pedagógica. Primeiro,
foi apresentado aos alunos os adjetivos que eles encontrariam nas perguntas. Na
sequência, foi trabalhado o significado dos adjetivos e a forma superlativa de
tais adjetivos. Após a revisão, os alunos responderam ao quiz. Os alunos
responderam satisfatoriamente e tiveram alto grau de envolvimento. Tal fato nos
leva a pensar que atividades motivacionais despertam o interesse do aluno e o
fazem assimilar os conteúdos gramaticais mais facilmente.
Palavras-chave: Kahoot; Atividade;
Língua inglesa.
EFEITOS DA ANIMACIDADE DO OBJETO DIRETO NO
PORTUGUÊS BRASILEIRO: EVIDÊNCIAS DE MOVIMENTAÇÃO OCULAR
João Marcos Munguba
Vieira - UFC.
Brenda Kessia Arruda
de Souza - UFC.
Elisângela Nogueira
Teixeira – UFC.
Investigamos
a influência da presença do traço de animacidade [± animado] nos nomes com
função de objeto direto. Animacidade é um fator semântico distribuído
diferentemente em sujeitos e objetos. Há indícios de maior presença de termos
animados na função de sujeito das frases. Estudos sugerem que é mais custoso o
processamento de frases com sujeitos e objetos animados, possivelmente porque é
menos frequente o traço [+ animado] na posição de objeto direto, e mais
frequente o traço [- animado] (Czypionka, 2013; Paczynski e Kuperberg, 2011).
No Português Brasileiro, investigamos a hipótese de que a animacidade
influencia o processamento da frase, mais especificamente, do objeto direto, em
função da restrição verbal, fator não considerado em estudos anteriores.
Utilizamos quatro condições experimentais (verbos com restrição para objeto
animado, com restrição para objeto inanimado, e verbos que permitem objetos
animados e inanimados). A tarefa consistiu em leitura de frases na tela de um
computador acoplado a um rastreador ocular. Os dados analisados foram os tempos
de fixação ocular em três regiões da frase: verbo, objeto, e região posterior
ao objeto. Em português brasileiro não encontramos efeito principal de
animacidade para verbos com e sem restrição. O efeito principal apareceu no
tempo total de fixação em frases que continham verbos com restrição para o
traço [+ animado] e verbos sem restrição acompanhados de objetos com traço [+
animado]. De acordo com nossa interpretação dos resultados, as condições sem
restrição verbal para animacidade do objeto direto aparentemente potencializam
a influência da animacidade.
Palavras-chave: animacidade; objeto direto; movimentação ocular.
Palavras-chave: animacidade; objeto direto; movimentação ocular.
A
PRODUÇÃO DA CONSTRUÇÃO RESULTATIVA NA LÍNGUA INGLESA POR TRADUTORES FALANTES DO
PBL1
Profa. Dra. Maria
Cristina Micelli Fonseca – UFC.
Jefferson Antônio Siqueira de Araújo – IFCE.
Segundo Grosjean
(2013), o uso regular de mais de uma língua é chamado de bilinguismo. Ainda de
acordo com o autor (2008), devem ser considerados bilíngues ou multilíngues,
indivíduos que utilizam dois ou mais subsistemas linguísticos. No caso
específico dos bilíngues, cujo aprendizado da segunda língua (L2) acontece em
ambiente escolar, tornar a L2 proficiente é uma tarefa de grande complexidade,
pois a falta de input pode comprometer seu resultado final. Consequentemente,
uma das grandes dificuldades dos bilíngues é a interferência da L1 na L2, e
também da L2 na L1 nos mais proficientes na L2. Especificamente no caso dos
bilíngues do português brasileiro como língua materna (PBL1), e inglês como
segunda língua (L2), o aprendizado de certas estruturas características da L2,
pode trazer grandes desafios. A construção resultativa é considerada pouco
licenciada, ou até mesmo inexistente no português brasileiro (BARBOSA, 2008;
OLIVEIRA; SOUZA, 2012), e apresenta rica variabilidade e aceitabilidade em
inglês (JACKENDOFF; GOLDBERG, 2004). Com base nos trabalhos de Oliveira (2008,
2016), buscamos explorar as particularidades desta construção, bem como
salientar seu correto aprendizado por parte de estudantes, professores e
tradutores que trabalham majoritariamente com o par linguístico português
brasileiro-inglês.
Palavras chave: resultativa, tradução, ensino
LENDO
PARTICULARIDADES DE NOSSA CULTURA PARA ALÉM DA SALA DE AULA
Maria Ednilza Oliveira Moreira – UFC/Letras
Fala-se bastante
do estímulo à leitura em sala de aula, mas por vezes essa prática não
ultrapassa os muros da escola. Na verdade, convém que a leitura esteja atrelada
ao contexto da convivência do leitor, para despertar neste maior interesse e
atribuir sentido a tal prática. Pensando nessa realidade, propomos a execução
de um projeto que pode tornar viável uma experiência efetiva do ato de ler,
considerando a oportunidade de exploração de elementos culturais, que suscitem
discussão sobre questões de identidade e da concepção de pertença.
Nossa proposta
de leitura consiste em investir no reconhecimento do sentido provocado pelas
peças artesanais que constituem a Feira de Artesanato: um momento com Iracema.
Esta diz respeito a uma feira de peças manufaturadas que ocorre
sistematicamente, no Bosque Moreira Campos/Curso de Letras da UFC, durante dois
dias consecutivos, nos expedientes matutino e vespertino, às quartas e
quintas-feiras, na segunda semana de cada mês.
O referido
projeto faz parte do Programa de
Extensão: Iracema, o retrato de Fortaleza e tem como objetivos básicos: promover, por meio da arte popular, a
compreensão e a promoção da personagem Iracema como ícone formal de Fortaleza;
bem como incrementar a produção de souvenirs
referentes à capital cearense, através de artesanato que envolva a imagem da
lendária Iracema. Assim sendo, tem-se como metas
a serem alcançadas ações que gerem resultados
de leitura efetiva, na medida em que proporciona-se, por meio de produção
de artefatos, a compreensão e a disseminação da personagem da índia dos lábios
de mel como figura que nos remete as nossas origens, já que ela diz respeito à
formação simbólica de nosso povo. Entende-se que o incremento na circulação de
produtos de temática Iracemiana representa uma experiência de apreensão ou de
rememorização da lenda alencarina e ainda nos coloca em um contexto de letramento. Fazendo jus a essa
concepção, os produtos na Feira são distribuídos nos estandes por categorias de utilidade e ainda podem ser distinguidos
conforme imagens representativas da
índia que marcam circunstâncias diversas de sua história. Destaque-se como mais recorrente a
imagem do momento inicial do romance, que se faz lembrar através da figura da
índia empunhando um arco. Também não faltam souvenirs
que se remetem à própria imagem de
Alencar. Isso se vê em objetos que trazem à tona a Casa do idealizador de
Iracema. Em termos de resultado, a Feira tem se beneficiado com uma procura
surpreendente no âmbito da ilustração de eventos acadêmicos, haja vista as
oportunidades de convites oriundos de alguns projetos cujos espaços de
realização têm sido bastante concorridos: Fórum de Linguística Aplicada e
Ensino e Aprendizagem de Línguas (no Curso de Letras da UFC/CH); Jardim Musical
(na Casa José de Alencar); Encontro da Rede de Estudos Ambientais em Países de
Língua Portuguesa – sustentabilidade frente às mudanças climáticas globais (no
Campus do Pici), Semana de Humanidades (no Centro de Humanidades da UFC), entre
outros. Ampararam nosso trabalho, sobretudo, KLEIMAN, 1993; SOARES (2006) e
SOUSA (2014).
Palavras-chave:
Leitura. Letramento.
Iracema.
AN ECOLOGICAL
APPROACH TO LANGUAGE AWARENESS IN LEARNING ENGLISH AS A FOREIGN LANGUAGE
Andreia Turolo da Silva (UFC-DELILT-LETRAS INGLÊS)
This is an
interpretive qualitative study of the naturalistic discourse constructed in the
online interaction of learners of English as a foreign language. The central
aim of this study was to analyze the relationships between affordances and
language awareness in the ecology of a virtual learning environment, with focus
on the participants’ interaction. The ecological approach understands that
language learning happens when an individual is immersed in a rich environment,
full of potential meanings and opportunities which are noticed by learners as
something useful for engagement with language, as an affordance for language
action. Considering the relations between language, language action,
knowledge and situation, the frame for analysis was based on Peirce’s semiotics
triad to study language as an open and complex meaning-making system
of three types of consciousness: firstness, secondness and thirdness. The
results showed that the three types
of consciousness connected to three modes of perception pointed to three types
of affordances, which, in turn, were not reducible to one another, but emerged
as relations with one another.
Keywords:
language awareness, foreign language learning, ecological approach.
VARIAÇÃO
MODAL E GRAMÁTICA EM ORAÇÕES COMPLEXAS NA LÍNGUA FALADA
Profa. Dra. Hebe Macedo
de Carvalho (UFC)
Diversos estudos de
inspiração sociolinguística têm investigado a alternância indicativo e
subjuntivo em contextos de orações completivas no português brasileiro. Este
estudo parte da observação de que, na variedade falada do Português brasileiro,
considerando orações completivas introduzidas pela partícula “que” e o tipo de
verbo da oração matriz, o “indicativo” pode ocorrer em contextos para os quais
o “subjuntivo” é tradicionalmente esperado ou “subjuntivo” alterna com o
“indicativo”. Analisamos, com base nos pressupostos da teoria da Variação e
Mudança Linguística (LABOV, 1972; 2001), dados de Fortaleza (capital do estado
do Ceará) e do Cariri, microrregião que fica ao sul do estado, com traços
linguísticos característicos nítidos. Do Cariri, analisamos 429 dados de
indicativo e subjuntivo, extraídos de entrevistas sociolinguísticas do projeto
Português falado no Ceará/Profala, com 60 falantes de três faixas etárias
(15-25; 26-49; acima 50 anos), ambos os sexos e de cinco níveis de
escolarização (sem escolarização; 1 a 4; 5 a 8; 9 a 11; mais de 11 anos). De
Fortaleza, analisamos 263 dados extraídos de 24 entrevistas sociolinguísticas
do Norpofor, com falantes de dois níveis de escolarização (0-4 e 9-11 anos),
ambos os sexos e de faixas etárias idênticas aos falantes do Cariri. Nosso
objetivo central é apresentar resultados de análises que permitem explicitar
uma variação linguística ordenada nas duas amostras, a fim de refletir sobre o
efeito da variação na gramática do português. Os dados foram submetidos ao
GoldVarb X, com fatores linguísticos tipo de verbo da oração matriz, tempo
verbal da oração matriz/encaixada, estrutura de assertividade da oração. Os
resultados mostram um fenômeno com tipo de regra categórica, sem violação por
parte do falante, ou quase categóricas de subjuntivo ou de indicativo na
encaixada e uma área de variação indicativo~subjuntivo (LABOV, 2003). O
subjuntivo é favorecido preferencialmente em orações com modalidade irreais, e
o indicativo de uso mais geral, não marcado.
Palavras-chave:
Variação indicativo/subjuntivo; regras variáveis; Sociolinguística
Variacionista.
LÍNGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL E
ANÁLISE DE DISCURSO CRÍTICA: DIÁLOGOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS POSSÍVEIS
Beatriz
Alencar Furtado de Leite
Neste trabalho,
objetivamos mostrar a profícua relação que se pode estabelecer entre a
Línguística Sistêmico-Funcional (LSF) e Análise de Discurso Crítica (ADC). Para
isso valemo-nos da apresentação dos resultados encontrados no trabalho de
doutoramento intitulado Múltiplos
letramentos de pessoas com deficiência visual: uma pesquisa discursiva crítica
de caráter etnográfico. A investigação adotou métodos da pesquisa etnográfica, quais sejam
observações participantes, entrevistas semi-estruturadas e diários de
participante (Magalhães, 2000; Rios, 2009; Bhatt, Martin-Jones, Jones, 2012). A
partir do problema e objetivos da pesquisa, selecionamos os trechos discursivos
a serem analisados à luz da Metafunção Ideacional e do Significado
Representacional como fundamentos para uma análise sistêmico-funcional crítica
sobre os múltiplos letramentos de pessoas com DV. Levando em consideração os
tipos de orações de acordo com o sistema de transitividade (Metafunção
Ideacional), encontramos as seguintes ocorrências: Existencial (1), Mental (3),
Material (19) e Relacional (34). Os resultados apontam sobre a existência do que
denominamos como centralidades
corpóreo-discursivas dominantes, as quais têm mantido sob colonização
velada as práticas sociais das pessoas cegas que ‘persistem sendo mapeadas
pelos referentes do infortúnio e da incapacidade’. Tais centralidades
manifestam-se por meio de uma ordem do
discurso visiocêntrica, nas representações e identidades das pessoas com
deficiência visual. Consideramos que a articulação entre a ADC e a LSF é um caminho
de grande potencialidade na busca pela compreensão entre o social e o
linguístico.
Palavras – chave: Linguística
Sistêmico-Funcional; Análise de Discurso Crítica; letramentos e pessoas com
deficiência visual.
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II Colóquio Acadêmico sobre a Modalidade Deôntica - GEMD
PALESTRAS
GRAMÁTICA E LINGUÍSTICA: ENTRE TAPAS E BEIJOS
Profa. Dra. Maria Claudete Lima (DLV/UFC)
Resumo: A gramática como disciplina e a linguística têm-se colocado em lados opostos, pelos diferentes objetivos com que nasceram e têm sido estudadas. A oposição, por não ser bem compreendida, costuma levar o aluno de Letras ao disparate de rechaçar o estudo da gramática como inútil, antiquado, inadequado. A ideia que parece disseminada é a de que as descrições constantes nas gramáticas normativas estão eivadas de erros e, por isso, não merecem atenção do estudioso da língua. A este caberia ocupar-se apenas das descrições científicas levadas a cabo pelas várias vertentes linguísticas. Nosso objetivo é mostrar que a oposição não é tão marcada como se costuma pensar e que as descrições constantes das gramáticas normativas ou estão na base de descrições linguísticas de certos fenômenos ou serviram-se de descrições linguísticas, aproximando-se muito destas. Para tanto, apresentaremos alguns fenômenos linguísticos descritos por algumas gramáticas normativas e por algumas vertentes linguísticas, a fim de traçar um paralelo que mostrará pontos de contato e pontos de afastamento entre as duas disciplinas.
Palavras-chave: gramática normativa; linguística; descrição linguística.
OTIMIZAÇÃO DO ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA (ESP): ESTUDO DA DÊIXIS DE DISCURSO EM ABSTRACTS.
Adriana da Rocha Carvalho – IFCE.
O objetivo desta comunicação é socializar a experiência com o ensino de língua inglesa para fins específicos com turmas de inglês instrumental da área de tecnologia no IFCE. Colocaremos em relevo a Pragmática, especificamente a dêixis de discurso (LEVINSON, 2007), um aspecto pouco explorado no ensino da língua, mas que se mostra bastante importante no contexto ensino/aprendizagem de leitura em língua inglesa uma vez que permite a otimização de tempo e diminui o estresse cognitivo, reduzindo a dependência de vocabulário em inglês. Serão analisados alguns excertos de Abstracts que foram objeto de ensino/aprendizagem de uma aula de leitura da disciplina de inglês instrumental. Um dos critérios de seleção desses abstracts foi a percepção do seu potencial de engajamento que permite o uso das informações contidas neles de modo que elas sejam relevantes para emprego no mundo real (DUDLEY-EVANS; ST JOHN, 2011). Outro fator determinante para a seleção dos abstracts foi a presença marcadores textuais ou DMs (FRASER, 1999) cuja frequência seja alta de acordo com o Corpus of Contemporary American English (COCA) . Além dessa alta ocorrência, para a seleção foram observados critérios que, na nossa concepção, propiciassem a rápida leitura de maiores porções do texto por parte dos estudantes: presença de ordem canônica, ocorrência de uso e relação ao tópico anterior. Este estudo nos permite verificar que os DMs como palavras dêiticas de discurso auxiliam o entendimento do texto como um todo e de forma mais rápida.
Palavras-Chave: Dêixis de Discurso; Abstract; Ensino de ESP.
COMUNICAÇÕES
ENSINO DE GRAMÁTICA DO INGLÊS NAS DISCIPLINAS DO CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ.
Prof. Dr. Paulo Roberto Nogueira de Andrade – UFC
O objetivo deste trabalho é discutir o ensino de aspectos gramaticais, discursivos e pragmáticos nas disciplinas de Língua Inglesa no curso de Secretariado Executivo da UFC. Mais especificamente, este estudo inicial busca analisar o ensino de modalização em uma perspectiva pragmática levando em conta a necessidade de desenvolvimento da competência intercultural (CORBETT, 2010) dos estudantes, usuários da língua em um contexto corporativo globalizado. O já reconhecido caráter funcional, prático e aplicado (ELLIS, 1994) do ensino de Inglês com Propósitos Específicos (ESP) voltado para sujeitos e ambientes de negócios faz com que aspectos gramaticais precisem ser abordados com a perspectiva de um usuário da língua e não de um especialista, eventual professor de língua inglesa. Um ponto central tratado neste trabalho é a modalização. Dois mecanismos serão discutidos: (i) itens lexicais e (ii) verbos modalizadores. Após discussão com a coordenação do curso de Secretariado e com alunos das disciplinas de Inglês e avaliação de questões positivas e negativas em relação às seis disciplinas de Língua Inglesa oferecidas pelo DELILT, pôde-se identificar que o caráter tradicional do ensino de gramática, além de não ser considerado motivador, mostra-se um fator de dificuldade de desenvolvimento de competências comunicativa e intercultural dos estudantes. Dois pontos podem ser compreendidos como centrais a partir deste estudo: a necessidade de utilização de elementos linguísticos didáticos e autênticos em contextos específicos de uso de negócios e em atividades sociais profissionais e a constante oferta de discussões que visem maior conscientização dos estudantes sobre as diversas alternativas que a gramática inglesa e seu léxico oferecem para atingimento de competências comunicativa e intercultural e os eventuais impactos de escolhas mais ou menos apropriadas e adequadas aos contextos de uso corporativo. Este trabalho pode se desdobrar dentro de uma proposta de contínua reflexão sobre um programa de curso com atividades que atendam às reais necessidades e anseios dos estudantes e que proporcionem situações concretas que potencialmente serão vivenciados em seu contexto profissional em suas carreiras por meio de formas de ensinar articuladas a reflexões sobre a vida de forma plena que gerem a “possibilidade de superação e transformação do presente-futuro” (LIBERALI, 2011, P. 22).
Palavras-chave: Modalização, Pragmática, ESP.
“ATIVIDADES DE GRAMÁTICA NOS CURSOS DE INGLÊS INSTRUMENTAL: SERÁ QUE ELAS FACILITAM A COMPREENSÃO?”
Profa. Dra. Lílian Calvacanti F. Vieira - Casa de Cultura Britânica/ UFC
O desenvolvimento da parte gramatical deve ser analisado em conjunto com muita cautela, a fim de formar um “todo” e haver uma unidade que faça sentido dentro do curso. Alguns materiais didáticos mais recentes já apresentam a preocupação de inserir, pelo menos, o básico da gramática da língua inglesa em suas páginas. Caso optemos por montar nosso próprio material, cabe a nós decidir se haverá uma mistura entre os exercícios instrumentais e a gramática (o que, segundo nossa experiência, parece ser menos cansativo para os alunos) ou a separação entre ambos. Trabalhar com textos reais, seja qual for a extensão, parece ser o caminho mais rápido para o aluno reconhecer ou a sua profissão e questões pertinentes (como os alunos de pós-graduação, e aqueles que tem inglês instrumental na graduação), ou questões do dia a dia que podem refletir no seu cotidiano e no seu modo de pensar. A artificialidade de muitos exercícios de gramática faz com que os alunos não consigam “ligar” o que foi proposto com a prática. Um exercício que, com um enunciado bem claro, faça uma relação direta com o texto, facilita a assimilação da regra gramatical na mente do aluno e já fornece um exemplo de aplicação.
Palavras-chave: Compreensão leitora, gramática, inglês instrumental.
O ENSINO DA LÍNGUA ITALIANA SEGUNDO A GRAMÁTICA DE VALÊNCIAS
Profa. Dra. Fernanda Suely Muller - UFC
Tendo como ponto de partida a obra Sistema e Testo: Dalla grammatica valenziale all'esperienza dei testi (DE SANCTIS, SABATINI, CAMODECA, 2011), pretendemos analisar a perspectiva do ensino de língua italiana L2, a partir do modelo de gramática de valências. Conhecida também como “gramática de dependências”, tal modelo teórico nasce a partir dos estudos de Lucien Tesnière (Éléments de Syntaxique Structurale 1959, 1969) e preconiza uma nova abordagem em relação à hierarquização dos elementos que compõem uma frase. De acordo com os autores (DE SANCTIS, SABATINI, CAMODECA, 2011), a supracitada obra procura sobretudo investigar e delimitar a gramática como operação de “reconhecimento” e não de “ criação” da língua que permita ao falante fundar outras múltiplas atividades sobre uma visão basilar da estrutura formal da língua e do seu mecanismo de funcionamento. Sendo assim, pretendemos ainda refletir sobre a aplicabilidade de tal modelo teórico no Brasil, bem como compartilhar algumas experiências que vem sido desenvolvidas na UFC.
Palavras-chave: Gramática de Valências; ensino de língua italiana no Brasil; ensino de italiano L2
GRAMÁTICA À SERVIÇO DO TEXTO
Profa. Dra. Maria Fabiola Vasconcelos Lopes - UFC.
Uma das preocupações que inquietam muitos professores têm girado em torno de como usar a gramática à serviço do texto. Assim, motivada por tal inquietação, a comunicação que por ora se apresenta, tenta mostrar a relação que pode se estabelecer entre gramática e compreensão de texto a partir dos processos textuais de Halliday tendo em vista os processos (relacionais, mentais, existenciais, do fazer, do dizer e comportamentais). A ilustração ocorrerá por meio da narrativa de os três porquinhos (Jacobs, 2010), sendo a análise feita em torno dos processos a fim de investigar se tais processos auxiliam no melhor entendimento do texto e dos personagens na narrativa. Os autores Halliday (1994), Droga & Humphrey (2005), Humphrey, Droga & Feez (2012) e Furtado da Cunha & Souza (2011) servirão de apoio ao estudo. Cabe salientar que, a narrativa em questão foi recheada com processos do fazer em relação aos demais processos revelando as ações que se desenrolam no texto. Na sequência, foi observado que os processos relacionais também são recorrentes principalmente para gerar mais detalhes sobre os participantes dentro da obra. Os processos do dizer têm seu lugar quando reportam a voz dos personagens. E os processos mentais, estes, aparecem revelando o ápice na história. Também foi encontrado o processo existencial fazendo a ambientação no texto. Diante do exposto, torna-se relevante um estudo que se volte para os processos textuais. Entendemos que o estudo contribui para uma reflexão sobre o uso dos processos para a compreensão de detalhes riquíssimos dentro de um texto, como a narrativa que trazemos nessa análise. E ressaltamos que a gramática seja posta à serviço da compreensão textual haja vista que ambos, gramática e texto não podem ser vistos dissociados.
Palavras-chave: gramática; texto processos textuais
TRADUÇÃO DO PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO EM THE TURN OF THE SCREW, DE HENRY JAMES
Profa. Dra. Diana Fortier - UFC
Durante o processo tradutório de The Turn of the Screw, de Henry James (1898), para o português do Brasil, alguns pontos de dúvida e questionamento permaneceram sem respostas, exigindo uma análise mais detalhada e criteriosa com o objetivo de fundamentar as escolhas a ser feitas e implementadas na tradução final. Essas questões não são pontuais; perpassam, ao contrário, a tradução como um todo, e por isso foram selecionadas para reflexão. Utilizei diversas fontes de dados para a elucidação desses questionamentos, todas baseadas nos métodos da linguística de corpus: foram realizadas buscas em corpora de grande porte, como o Brown e o BNC, através do download do próprio corpus ou das listas de palavras do corpus; o tratamento desses corpora foi efetuado com o auxílio do pacote de ferramentas de análise linguística WordSmith Tools (WST), alternando o emprego de wordlists, collocations e keywords conforme o caso; foram empregados recursos disponibilizados on-line, como o WebCorpLive, que permite fazer concordâncias usando a própria internet como corpus, e software instalados, como GraphColl, que gera gráficos de colocações de termos em um texto ou corpus; foram compilados corpora personalizados para a presente tese; a análise foi, mais uma vez, efetuada com o concurso do WST. No presente trabalho, analiso a forma como tratei da tradução das formas de pretérito mais-que-perfeito, correspondentes ao verbo “had” + particípio passado do verbo principal. Havendo três possibilidades de tradução para o português desse tipo de sintagma verbal, busquei nos corpora elementos para fazer a opção de qual forma empregar na presente tradução. A partir daí, pude fazer escolhas adequadas para utilização na versão final do texto traduzido.
Palavras-chave: Pretérito mais-que-perfeito; Tradução; The turn of the screw
DEFINIÇÃO DE MODALIDADE LINGUÍSTICA EM DICIONÁRIOS ONLINE: UMA REFLEXÃO PARA O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Edina M. Araújo de Vasconcelos - UFC
Bolsista FUNCAP
Larisse Carvalho de Oliveira - UFC
Sheyla Vieira de Lima Lapa - UFC
Bolsista CAPES-DS
Dicionários online são ferramentas cada vez mais utilizadas por estudantes de línguas estrangeiras e, assim como outros recursos digitais, o seu crescente uso pode estar relacionado, entre outras razões, à comodidade no acesso ao conteúdo e à variedade de opções que a Rede oferece. Reconhecendo que tal ferramenta pode contribuir para a aprendizagem de língua inglesa, o presente trabalho propõe-se a analisar a definição de modalidade linguística nos dicionários online como um recurso para a compreensão do leitor sobre o fenômeno linguístico da modalização. A discussão proposta nesse estudo se justifica pela necessidade de refletirmos sobre o ensino de língua inglesa com base em uma teoria funcionalista da linguagem (GIVÓN, 1995), que se propõe a associar a forma ao uso, reconhecendo que a modalidade se insere no domínio semântico-discursivo da língua e interfere nos processos de comunicação realizados através da linguagem verbal, uma vez que, segundo Lyons (1977), ela é definida como o meio pelo qual o usuário da linguagem expressa a sua opinião ou atitude com relação a aquilo que diz e, apesar de ser constantemente relacionada ao verbo modal, não se limita a esta manifestação (cf. PALMER, 2001), podendo ser expressa por diferentes meios linguísticos, tais como substantivos e adjetivos (NEVES, 2013). Partindo desse pressuposto teórico, foram escolhidas quatro páginas de dicionários disponíveis na web (Cambridge, Oxford, Macmillan, Collins), tomando-se como base se a editora responsável pela página do dicionário oferecia outros tipos de materiais impressos, o que lhe garante maior respaldo. Como resultado da análise, foi possível constatar que a modalidade ainda aparece, pelo menos em três dicionários consultados, um recurso da linguagem relacionado quase exclusivamente ao verbo modal. Por fim, mencionamos que este estudo foi realizado no âmbito do grupo GEMD/ CNPQ- UFC.
Palavras-chave: Dicionário online; Modalidade; Ensino de Língua Inglesa.
SOBRE O ENSINO DE GRAMÁTICA: A MODALIZAÇÃO DO AUTOR DE LIVRO DIDÁTICO
Edina M. Araújo de Vasconcelos
PPGL-UFC
Bolsista FUNCAP
PPGL-UFC
Bolsista FUNCAP
Em termos linguísticos, a modalização é um dos recursos através dos quais o enunciador imprime ao enunciado o julgamento que ele próprio faz com relação à verdade de sua proposição. Reconhecendo que a modalidade traz implicações pragmático-discursivas para o uso da linguagem, apresentamos este estudo que tem por objetivo investigar a manifestação da Modalidade Deôntica nas orientações de conduta, por parte do autor licenciado. O corpus, definido com base em Marcuschi (2011, 2010), é composto por extratos do guia didático da obra High Up (edição do professor), desenvolvido para o ensino médio, a qual fez parte do catálogo do Programa Nacional do Livro Didático (triênio 2015-2016-2017). O guia didático do professor se constitui, portanto, um gênero discursivo, o que o torna passível de análise segundo critérios das teorias funcionalistas da linguagem, as quais consideram a língua como meio de interação social (DIK, 1989). Utilizando-nos dos pressupostos da teoria Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1985), e a tipologia de modalidade deôntica de Palmer (1986), Hengeveld (1989) e outros, examinamos o grau de comprometimento do autor com relação a orientar a conduta do professor para o ensino de gramática. Os resultados demonstram que a modalidade deôntica se manifesta especialmente pelo uso de verbos no modo imperativo, mas o autor atenua a força ilocucionária empregada em seu discurso, fazendo uso de orações condicionais, o que pode revelar um menor grau de engajamento do enunciador, deixando indícios de que o autor licenciado deixa a cargo do professor a escolha sobre a condução da sua aula de estruturas gramaticais. Finalmente, salientamos que essa pesquisa é realizada no âmbito do GEMD/ CNPQ- UFC e conta com financiamento da FUNCAP.
Palavras-chave: Ensino de Gramática; Modalidade Deôntica; Livro Didático
Palavras-chave: Ensino de Gramática; Modalidade Deôntica; Livro Didático
A EXPRESSÃO DA MODALIDADE DEÔNTICA NO DISCURSO RELIGIOSO
Maria Valdênia Falcão do Nascimento - UFC
Examinar a categoria modalidade implica considerar os recursos linguísticos de que o falante faz uso, visando ser bem sucedido em suas interações verbais. Nessa perspectiva, podemos compreendê-la como o meio pelo qual o falante ajusta seu discurso, tendo em vista direcionar a interpretação do seu ouvinte. No presente estudo, propomos analisar o uso de modalizadores deônticos no discurso religioso, considerando-se os meios linguísticos para a expressão dos valores deônticos de permissão, obrigação e proibição. Objetivamos identificar e examinar como esses valores colaboram no processo de constituição do discurso religioso, tendo em vista a forma como se instaura a construção da persuasão sobre o alvo deôntico. Com este fim, analisamos os enunciados de um sermão religioso veiculado em um site voltado para a divulgação de conteúdo bíblico. Para a análise dos dados, adotamos o enfoque da teoria funcionalista. Serviram de base teórica os postulados de Dik (1989), Hengeveld (1988), Lyons (1977) e Neves (2006).
PAST SIMPLE X PRESENT PERFECT: AGORA EU ENTENDI!
Profa. Verônica de Melo Fernandes
E eis que surge o grande dilema do aluno de língua estrangeira no que concerne a aprendizagem da língua inglesa: a diferença de estruturas e usos de dois tempos verbais: Passado Simples (Past Simple) e Presente Perfeito (Present Perfect). A dúvida entre as estruturas gramaticais não é tão difícil, é até fácil reconhecê-las; porém o uso de ambas em situações do dia a dia torna-se confuso. Seguindo o modelo de Gramática Funcional proposto por Dik (1997), i.e. focar na gramática da oração e a ideia de modalização apresentada por cada tempo verbal no ensino de uma língua estrangeira, certamente faz com que o professor possa ajudar o aluno a situar o uso de cada estrutura no tempo e espaço, tornando o ensino mais objetivo e claro. Esta é uma das ferramentas mais importantes apresentadas ao aluno do Nível Intermediário. Explicações centradas no conteúdo de forma clara e direta, o uso de atividades que motivem o aluno a participar ativamente da aula, e a prática de atividades que transportem o aluno para o uso real com a modalidade transmitida pelos dois tempos verbais tornam o ensino rápido e eficaz resultando na visão final do aluno apresentada pelo título da apresentação: “PAST SIMPLE X PRESENT PERFECT : AGORA EU ENTENDI!”
Palavras-chave: presente simples; presente perfeito; modalização
VOZ ATIVA X VOZ PASSIVA - DÚVIDAS: NUNCA MAIS!
Profa. Márcia de Melo Fernandes Gradvohl
O tripé do ensino de uma língua estrangeira baseia-se em três elementos G (Gramática, V (Vocabulário) e P (Pronúncia). No que tange o aspecto gramatical, podemos afirmar que a clareza das apresentações das estruturas gramaticais para os alunos do nível Pré-Intermediário é uma das ferramentas mais importantes, já que ao atingir o Nível Intermediário, os mesmos pontos abordados se tornarão pontos de consolidação, demandando uma sólida compreensão. Temos então a responsabilidade de motivar os alunos através de explanações claras, participativas e diretas e seguindo o modelo de Gramática Funcional proposto por Dik (1997), focar na gramática da oração e a ideia de modalização apresentada por cada tempo verbal no ensino da voz passiva. O contraste entre voz ativa e voz passiva e a interpretação do aluno situando-se no tempo e espaço pode tornar o ensino mais objetivo e claro. E eis a grande dificuldade enfrentada pelos alunos: o reconhecimento das estruturas dos diversos tempos verbais e o transporte da estrutura da voz ativa para a voz passiva. O reconhecimento das estrutura gramaticais na voz ativa e na voz passiva juntamente com a prática de atividades em sala torna o ensino rápido e eficaz resultando na visão final do aluno: “dúvidas, nunca mais!”
A GRAMÁTICA MATUTA DA TRADUÇÃO DA COMÉDIA A PAZ DE ARISTÓFANES PARA O CEARÊS
Ana Maria César Pompeu -UFC
Nossa tradução matuta de Acarnenses de Aristófanes (POMPEU, 2014) apresentou alternativas de expressividade da língua portuguesa para a da comédia aristofânica. A comédia e a vida no campo desmascaram os artifícios de linguagem da cidade (PLÁCIDO, 2001). Descreveremos a gramática matuta da nossa tradução atual, a peça A Paz de Aristófanes, de 421 a.C., e sua semelhança às marcas da oralidade da fala do cearense comum no seu cotidiano (BAGNO, 2007). O falar matuto cearense consiste, por exemplo, no uso de apenas uma marca do plural, “tu” com o verbo na terceira pessoa, na queda dos erres finais e substituição por acento na vogal anterior; o mesmo procedimento vale para as terminações em -ou, há a eliminação da sílaba inicial do verbo está, repetições de não, mudando a primeira forma (tu num tá vendo não), o “lh” por “i”, uso do diminutivo, substituindo -inho por -in (DOURADO, 2013), “pra”, “pros, pras” em vez de “para”, “para os” e “para as”, uso das interjeições características, ênfases (euzin aqui ó, abestaiadin, vô é batê na porta), “mermo” por “mesmo”, a queda do “l” final de algumas palavras, entonações características (Pense numa sacudida grande!). As alterações ou criações têm intuito expressivo, são intensificadores do sentido. Por ser um texto teatral e cômico, a peça A Paz enfatiza a oralidade e o cotidiano do ateniense comum, logo a tradução do texto original do grego clássico (OLSON, 2006) para o matuto cearense é uma adaptação linguística legítima e não contraria a tradução ética (BERMAN, 2013).
Palavras-chave: Gramática matuta, A Paz de Aristófanes, Cearensês
O RECANTO DO CANTO INFANTIL EM POEMAS DE "OU ISTO OU AQUILO”
Paula Perin- UFC
Este trabalho é um estudo de parte da coletânea de poemas que compõem a obra infantil “Ou isto ou aquilo” de Cecília Meireles”. Tem por objetivo discutir os principais temas explorados pela poetisa, bem como realizar uma análise estilística dos poemas “Ou isto ou aquilo”, “A bailarina” e “Colar de Carolina”. Para tanto, utilizamos como referencial teórico os pressupostos da estilística fônica, fundamentadas em Câmara Jr. (1997), Monteiro (1991), Bosi (2000) e Martins (2008). Os poemas tratam dos sonhos, fantasias, desejos e aventuras que povoam o universo infantil. As palavras, escolhidas meticulosamente, evocam associações sensoriais e, aos poucos, vão surgindo diante do leitor imagens construídas a partir de rimas, aliterações, assonâncias, pequenos trocadilhos, tudo isso bem marcado com intensa musicalidade, combinando versos livres, regulares e métricas diferentes.
Palavras-chave: Estilística Fônica. Poesia. Infância.
O LUGAR DA GRAMÁTICA NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE PORTUGUÊS LÍNGUA ADICIONAL
Eulália Vera Lúcia Fraga LEURQUIN - UFC (Orientadora)
Maria Jacqueline Noberto da FROTA - UFC
Meire Celedônio da SILVA - UFC
A gramática possui um lugar no ensino e aprendizagem de Português Língua Adicional (PLA) e carece de reflexões por apresentar caráter sócio-histórico e evolutivo, ou seja, as regras da língua mudam, mesmo que lentamente, no tempo. Do ponto de vista empírico, não existe texto ou discurso sem gramática, o que torna imprescindível o uso desta no ensino e na comunicação. Em sala de aula, o professor é desafiado a intermediar esse processo por meio de estratégias que permitam a permanência da gramática no uso da língua de forma a trazer interação ao diálogo, valorizando a atividade comunicativa entre indivíduos. Tendo em vista que a produção de textos orais ou escritos passa por uma série de conhecimentos necessários à sua construção, o professor deverá também ser consciente de que regras gramaticais descontextualizadas acabam por comprometer o desenvolvimento comunicativo do aluno. Portanto, nosso objetivo neste trabalho é discutir a importância da aprendizagem da gramática para a construção de textos por estudantes de Português Língua Adicional. Utilizamos para a nossa análise, os áudios de discussões sobre o assunto, gerados nos encontros de elaboração de material didático e as aulas que foram ministradas com a utilização desse material. Para isso, estabelecemos uma relação entre as atividades gerais e as atividades de linguagem (BRONCKART, 1999); consideramos as noções de linguagem como uma atividade especificamente humana (COSERIU, 1994) e o conceito de gramática inovadora (BULEA, 2014). Com as reflexões realizadas diante da nossa análise, pudemos perceber que o nosso desafio maior é ensinar português sob uma perspectiva interacionista.
Palavras-chave: Aprendizado da gramática; Material didático; Perspectiva Interacionista.
O AGIR PRESCRITO, REAL E REPRESENTADO NAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO: ENTRE PRESCRIÇÕES, INTENÇÕES, CAPACIDADES E IMPEDIMENTOS
Manoelito C. Gurgel - UFC
Eulália V. L. F. Leurquin - UFC
Em nossas pesquisas, na área da Linguística Aplicada, temos nos esforçado em analisar e problematizar, com objetivos interventivos, a) as representações de professores em formação inicial sobre o seu agir nas atividades formativas do estágio como componente curricular obrigatório das licenciaturas, bem como b) as implicações dessas representações para a sua formação e o seu desenvolvimento profissional. Fundamentadas na abordagem teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 2009), nossas análises consideram a linguagem sobre o agir e, portanto, o agir representado no discurso, a partir, por exemplo, dos mecanismos enunciativos, como as modalizações. Considerando o nosso interesse em continuar aprofundando a discussão acerca das representações sobre o agir em contexto de formação inicial de professores, pretendemos analisar, no presente trabalho, as relações entre o agir prescrito, o agir real e o agir representado nas atividades de formação e desenvolvimento profissional. Para isso, analisamos como oito estagiárias da disciplina de Estágio em Ensino de Língua Portuguesa do curso de Letras da UFC representam, na e pela linguagem, durante a interação com os seus pares em dois Grupos Focais (doravante, GFs), as prescrições, as intenções, as capacidades e os impedimentos do seu agir nas atividades da disciplina. Para a análise, consideramos que as representações sobre o agir prescrito, real e representado podem ser identificadas a partir da análise das modalizações do agir (LEURQUIN, 2013), relativas ao dever-fazer, ao poder-fazer e ao querer-fazer, o que justifica o nosso interesse em analisar especialmente as modalizações deônticas e pragmáticas (BRONCKAT, 2009) que as estagiárias mobilizam nos dois GFS, para interpretarem o seu agir nas atividades do estágio. Em nossa análise, percebemos que as estagiárias se representam como atores que, embora tenham intenções, não se sentem capazes de atender às prescrições das atividades do estágio devido a impedimentos relativos, sobretudo, à indisciplina dos alunos em sala de aula.
Palavras-chave: estágio; agir representado; modalizações do agir.
MODALIZAÇÃO DEÔNTICA E EPISTÊMICA NA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES
Rebeca Sales Pereira - UFC
Esta pesquisa trata das distinções entre as abordagens conferidas à Modalização como estratégia discursiva pela Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) e posteriormente pela Análise de Discurso Crítica (ADC). Buscamos responder às seguintes questões de pesquisa: Como a LSF e a ADC abordam o fenômeno da Modalização em discursos?. E ainda: Como a modalização funciona como estratégia discursiva na construção de identidades? Para tanto, tomamos por base os estudos nas teorias de van Leeuwen (2005), sobre os Modelos de Interdisciplinaridade; Halliday (1973;1985) no tocante à Linguística Sistêmico Funcional; Resende;Ramalho (2006;2011), Fairclough (2001, 2003), Chouliaraki;Fairclough (1999) e Magalhães (2000;2004) a respeito do quadro teórico-metodológico da ADC, dentre outros autores relevantes para nossa investigação. Para a análise dos dados, apresentamos discursos de profissionais de saúde do Programa de Saúde da Família, parte do corpus de nossa dissertação de Mestrado em andamento, sob enfoque analítico das duas vertentes teóricas. Os dados foram colhidos mediante pesquisa etnográfica em um posto de saúde no município de Pacatuba-CE, durante o primeiro semestre de 2014, utilizando técnicas de entrevistas, grupos focais e observações da prática assistencial. Os resultados revelaram as nuances dos dois pontos de vista em questão, que contribuem de maneira eficaz, embora distinta, na compreensão das construções discursivas, mas também apontando as limitações teórico-metodológicas na abordagem das identidades.
Palavras-chave: Linguística Sistêmico-Funcional; Análise de Discurso Crítica; Identidades.
A GRAMÁTICA DE CORPUS E O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Sheyla Vieira de Lima Lapa - UFC
Bolsista Capes/DS
Bolsista Capes/DS
Gramáticas são recursos didáticos que podem auxiliar na aprendizagem de uma língua, já que são uma tentativa de apresentar as estruturas do idioma. Partindo desse princípio, apresentamos esse trabalho que tem por objetivo investigar uma gramática baseada em Corpus e que é utilizada para o ensino de língua inglesa. Halliday (2004) afirma que o Corpus foi originalmente concebido como uma ferramenta para o estudo de gramática. Para este autor, nós usamos a linguagem para dar sentido a nossa experiência, o que significa que a gramática tem que fazer uma interface com o que circula fora da linguagem, com os acontecimentos e condições do mundo, e com os processos sociais em que nos engajamos. Tendo em vista a problemática levantada por muitos autores (NEVES, 2015; ANTUNES, 2014) a respeito da necessidade de contextualizar o ensino de gramática e os muitos debates a respeito de livros de gramática que se autodenominam contextualizados, mas comprovadamente apresentam exercícios de base estruturalista, buscamos flagrar como os exercícios da gramática escolhida – Real Grammar (CONRAD, BIBER, 2009) exploram a polissemia dos verbos modais, especialmente os que se relacionam à modalidade deôntica (cf Palmer, 2001). Tendo como fulcro a Teoria Funcionalista e seus pressupostos teóricos (GIVÓN,1995; DIK, 1978), nossa metodologia consistiu em fazer a leitura do capítulo da gramática à procura de exercícios cujo foco fosse na estrutura. Como resultado, constatamos que a totalidade dos exercícios versa sobre a forma do verbo modal de modo conjugado com a sua função, ou seja, é uma gramática que prima pelo ensino do uso da forma linguística. Por fim, mencionamos que este estudo foi realizado no âmbito do grupo GEMD/ CNPQ- UFC.
Palavras-chave: Teoria funcionalista, Modalidade deôntica, Gramática.
Palavras-chave: Teoria funcionalista, Modalidade deôntica, Gramática.
ENSINO DE GRAMÁTICA E FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: REPRESENTAÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA O AGIR DO PROFESSOR E PARA AS ATIVIDADES EM SALA DE AULA
Manoelito C. Gurgel – UFC
Neste trabalho, coerente com os interesses de pesquisa da Linguística Aplicada, pretendemos analisar, a partir da abordagem teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo (doravante, ISD) (BRONCKART, 2006, 2008, 2009), as representações de professores de língua materna em formação inicial sobre o seu agir nas atividades de ensino de gramática e problematizar, com objetivos interventivos, as suas implicações para as atividades escolares. Para isso, analisamos, de acordo com a proposta do ISD (BRONCKART, 2009) sobre os mecanismos enunciativos, as ocorrências de modalizações lógicas, deônticas, apreciativas e pragmáticas no discurso de oito estagiárias da disciplina de Estágio em Ensino de Língua Portuguesa do curso de Letras da Universidade Federal do Ceará-Brasil, durante a interação com os seus pares em dois Grupos Focais (doravante, GFs) sobre as atividades do estágio. Para nós, essas ocorrências materializam enunciativamente as representações que o grupo partilha sobre o seu agir nas atividades de ensino de gramática. Em nossa análise, percebemos que as representações partilhadas pelo grupo são baseadas, sobretudo, em parâmetros sociossubjetivos, como nos revela a predominância de modalizações apreciativas, que, no discurso do grupo, materializam avaliações negativas quanto às atividades de ensino de gramática. Ademais, pelas modalizações pragmáticas, que materializam intenções e capacidades de ação, percebemos que as estagiárias não se consideram capazes de atender às prescrições quanto o ensino produtivo de gramática, na perspectiva da análise linguística (PCNs, 1998).
Palavras-chave: estágio; representações; ensino de gramática; modalizações.
MODALIDADE E MANGÁS: UM ESTUDO SOBRE OS VALORES DEÔNTICOS.
Maria Fabiola Vasconcelos Lopes - UFC.
Wéslly Lima dos Santos - UFC.
Joyce Micaelli da Costa Silva - UFC.
Pesquisas de cunho funcional que visam a análise linguística a partir da língua em uso têm se destacado no meio acadêmico. Baseando-nos em preceitos dessa vertente, o presente trabalho objetiva analisar o gênero textual mangá. Procuramos identificar as enunciações que influenciam a conduta dos personagens do enredo. Portanto, nos debruçamos sobre a modalidade deôntica que lida com obrigações, permissões e proibições. Destacamos que as nuanças da força ilocucionária são percebidas pelo contexto, fazendo com que uma sentença seja percebida como ordem ou permissão baseando-se na circunstância de fala. Norteiam essa pesquisa estudiosos como Lyons (1977), Palmer (2001), Neves (2006) e Lopes (2012). E embora o estudo se encontre em andamento, o processo metodológico se deu pela escolha dos mangás a serem verificados, análise e seleção dos excertos com manifestação deôntica, categorização em relação aos valores e análise quantitativa dos resultados. Ilustraremos para fins desse estudo apenas o mangá intitulado Battle Royale. Salientamos, ainda, que no enredo do mangá escolhido há frequência de batalhas entre diferentes personagens, o que pode justificar os valores encontrados até então. Foi possível verificar que os valores de ordem com 25,9%, súplica e exortação, cada um com 10,1%, e permissão com 8,5%, por enquanto foram os mais recorrentes. Podemos concluir que o próprio ambiente de tensão no qual os personagens estão constantemente expostos pode ter sido um fator determinante para a alta incidência de valores como ordens. Dessa forma, fica mais evidente o quanto o contexto de uso interfere na modalização dos enunciados. Diante do exposto, a investigação contribui para o eixo deôntico.
Palavras-chave: Modalidade deôntica, valores, contexto de uso.
MODALIDADE DEÔNTICA E MÚSICA
Juliana Silva Sousa - UFC
Wéslly Lima dos Santos - UFC
Uma vez que se sabe que ao escrever letras de música há um processo consciente de intenções a serem transmitidas, tencionamos descobrir de que maneira o discurso é construído. E tendo em vista que a modalidade linguística tem uma vasta aplicabilidade, essa pode ser uma aliada na análise de intenções que permeiam os textos. Desta forma, o presente trabalho busca analisar letras de músicas que de alguma maneira venham interferir na conduta dos ouvintes. Portanto, será dado destaque à modalidade deôntica que está atrelada a obrigações, permissões e proibições. Vale salientar que o paradigma funcional que prima pela língua como meio de interação social e busca o contexto para o exame linguístico é adotado. Como aporte teórico, pautamo-nos em Neves (2006), Palmer (2001), Pessoa (2007), Lopes (2012). Já como processo metodológico, foram investigadas onze músicas do Albúm Admirável Chip Novo, da cantora Pitty; demarcadas orações nas quais a modalidade deôntica se manifestou; e qualificadas quantos aos sentidos que foram encontrados. Constatamos que a ordem esteve mais presente com 61,5%, seguida por proibição e volição com 12,5% e 10,5%, respectivamente. Destarte, podemos concluir que a evidência de ordens passadas aos ouvintes é bastante saliente, frisando o que deve ser feito, comandos passados pela própria cantora para sua audiência ou o que é imposto pela sociedade.
Palavras-chave: Modalidade deôntica, Valores, Música.
MODALIDADE DEÔNTICA E ARGUMENTAÇÃO NO DISCURSO PUBLICITÁRIO
Pâmela Travassos - UFC
É notório a quantidade de anúncios aos quais estamos expostos diariamente e que tentam nos persuadir de alguma forma. Assim, vendo que podemos ser influenciados por tais anúncios, é importante que um estudo se volte para questões de orientação de conduta nesse universo. Dessa forma, este trabalho visa o estudo e a análise das Modalidades, principalmente a Deôntica, por meio de anúncios publicitários com o fim de esclarecer se elas influenciam de alguma forma na conduta ou na forma de pensar do público alvo, e se sim, de que maneira e quais recursos são utilizados para que isso aconteça. Dos procedimentos metodológicos e para tal fim, foram escolhidos dez (10) anúncios publicitários como corpus, e além de estabelecer uma relação entre público-alvo, fonte e escolhas modais utilizadas, também foram feitas entrevistas com pessoas indagando sobre o que elas achavam de cada um dos anúncios e se, baseadas neles, elas adquiririam os produtos ou não. Cabe salientar que o estudo ainda é um projeto piloto. A partir da investigação, foi possível chegar a conclusão de que não somente a modalidade deôntica é utilizada, mas também outros tipos de modalidades, como a alética, que combinadas, criam um valor de necessidade do produto ou serviço, e que relacionados à ideia da ordem de comprá-lo ou adquiri-lo, conseguem persuadir o seu público a adquirir produto. Torna-se necessário explicar que a modalidade alética, diferentemente da deôntica se atrela a quatro eixos, que são: necessidade, possibilidade, impossibilidade e estado de coisas, sendo o primeiro eixo o nosso objeto de estudo. Já a deôntica diz respeito à obrigações. Por fim, o estudo é embasado na teoria Funcionalista e é norteado pelos autores Neves (2006), Pessoa (2007), Nogueira e Lopes (2011) e Fiorin (2015) principalmente, dentre outros.
Palavras-chave: modalidade deôntica ; anúncios publicitários; argumentação; persuasão
COMPREENDENDO A MODALIDADE EM FANZINES
Laísa Cristina Garofalo Nogueira - UFC.
Entendendo o ainda pequeno número de estudos na literatura de fanzines, e como essa forma de publicação tem crescido, vimos a necessidade de um trabalho cujo enfoque seria voltado para as revistas de fãs. Em particular, o focalizamos aqui no tratamento da modalidade e suas diferentes formas de manifestação. Assim, o trabalho por ora desenvolvido visa a modalidade deôntica e suas manifestações encontradas no material supracitado por meio dos enunciados. Utilizando-se de um corpus de quatro fanzines, o objetivo desse estudo é avaliar as relações entre a modalidade deôntica e a construção discursiva no sentido de Dik (1989) e Neves (1996). Concentramo-nos por ora, no eixo sintático-semântico pragmático discursivo. A partir de um levantamento realizado no material base, catalogamos fatores contextuais; quantificamos a sintaxe e as formas de expressão e identificamos os modos. O trabalho já apresenta resultados parciais dentre os quais, destacamos 36,3% de verbos plenos, 54,5% de verbos auxiliares e 1,8% de substantivos. A investigação colabora com a compreensão da modalidade deôntica não apenas nos aspectos linguísticos imanentes, mas também na questão de contexto e interpretação.
Palavras chave: modalidade; manifestação deôntica; revistas de fãs.
GRAMÁTICAS INTERMEDIÁRIAS: UM ESTUDO CONTRASTIVO
Cássio Borges - UFC
Muitos são os questionamentos entre professores sobre quais gramáticas são melhores para explicar um conteúdo, pensando nisso, este trabalho tem como objetivo elucidar duas diferentes perspectivas sobre Discurso relatado em duas gramáticas da língua inglesa, sendo uma formal e a outra funcional. A partir de questionamentos levantados na disciplina de Morfossintaxe foi feito um estudo analítico entre duas gramáticas de nível intermediário que discutem Discurso relatado, sendo elas “Macmillan Grammar English in Context” e “New Grammar – a corpus based approach to grammar”. A análise comparativa se deu através de leituras de importantes teorias e suas contribuições para compreender as diferenças entre gramática funcional e formal, sobretudo estudos feitos por três principais autores; M.K.A Halliday (1973), Diane Larsen-Freeman (2000) e Graham Lock (1996). Foram analisados dois critérios nas gramáticas estudadas: 1) explicação do conteúdo e 2) exercícios propostos. Com base nos mesmos, foi observado que em “New Grammar – a corpus based approach to grammar” se discute o discurso relatado de uma maneira que o leitor possa vivenciar o conteúdo de forma contextualizada, enquanto que em “Macmillan Grammar English in Context” os autores demonstraram uma abordagem mais formalista, tanto no conteúdo quanto nos exercícios com uma preocupação em regras e formas gramaticais. Com isso conclui-se a partir da abordagem mais funcional em umas das gramáticas, esta direciona o usuário da gramática a um entendimento mais reflexivo. E com isso corroboramos com Larsen-Freeman (2000) que considera o estudo da gramática não embasado exclusivamente nas regras, mas em seu contexto de uso. A gramática de cunho funcional foco em nosso estudo, sinaliza para resultados mais eficazes tanto para assimilação de conteúdo quanto para a produção de sentidos, assim inserindo o falante a um meio social mais diversificado.
Palavras-chave: Discurso relatado; Gramática; Funcional; Formal.
VERBOS MODAIS EM INGLÊS: FORMA E FUNÇÃO EM GRAMÁTICAS INTERMEDIÁRIAS
Edna Cely Alves da Silva - UFC
RESUMO: O ensino da gramática de uma língua pode ser um processo de extrema complexidade. Profissionais que lidam com a aprendizagem de gramática tendem a buscar materiais de apoio adequados que promovam a aquisição do conhecimento eficiente. Entretanto, diversos professores argumentam que há uma dominância de gramáticas concentradas majoritariamente em termos estruturais, desconsiderando a língua em uso. Assim sendo, esse estudo trata dessas questões, voltando-se para a necessidade de gramáticas que auxiliem o ensino e aprendizado eficientes. Este artigo, portanto, busca comparar e analisar a explanação dos verbos Modais em duas gramáticas diferentes, sob a perspectiva de aspectos formais e funcionais. A primeira seção apresenta uma breve exposição do tópico gramatical, e em seguida, a análise do corpus previamente selecionado, considerando realizações puramente formais, como também exemplos contextualizados, e por isso, mais funcionais. Finalmente, discute-se a questão do ensino gramatical com ênfase no uso situacional, bem como o ensino com a prevalência de elementos formais e a implicação dessas escolhas. Essa investigação foi fundamentada nos estudos de Lowth (1775), Lock (1996), Palmer (1987; 2001), e Halliday (2014), enquanto a análise foi conduzida a partir de duas gramáticas intermediárias: Intermediate Grammar: From form to meaning and use (BLAND, 1996), e Oxford English Grammar Course Intermediate (SWAN & WALTER, 2011). A pesquisa foi desenvolvida através da análise das explicações e seções de atividades dessas gramáticas, nos tópicos relacionados aos Modais. A investigação evidenciou que a gramática Intermediate Grammar demonstrou 85,5% de aspectos funcionais, em contraste com a segunda, Oxford English Grammar, que apresentou 63,7% de características formais. Os resultados da análise sugerem a prevalência de interesses distintos em ambos os materiais estudados, induzindo à confirmação das diferenças entre eles.
Palavras-chave: gramática funcional; verbos modais; gramática formal.
TOEFL iBT: Uma proposta de ensino de gramática para a escrita
Leonardo Antonio Silva Teixeira, autor
(DLE/CH - Curso de Letras)
Este trabalho trata-se de uma proposta de ensino de gramática para a escrita voltada para o teste de proficiência TOEFL iBT. Baseia-se na análise de um conjunto de textos produzidos em uma turma preparatória para o TOEFL iBT executada em uma das ofertas de cursos e oficinas do Programa Idiomas Sem Fronteiras (IsF) – Inglês, na Universidade Federal do Ceará (UFC). Promovido pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de Educação Superior (SESu) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o programa oportuniza "o desenvolvimento de habilidades e competências linguísticas concernentes à internacionalização acadêmica, contribuindo assim para a ampliação dos objetivos do ensino de idiomas estrangeiros nas universidades do país." (TEIXEIRA, 2016). As produções analisadas neste trabalho foram realizadas em um simulado da sessão de escrita, no qual os alunos, classificados no nível B1 de acordo com o quadro comum europeu (CRF), precisavam produzir um texto contendo no mínimo 300 palavras. Em uma das propostas de escrita, os alunos deveriam discorrer sobre uma notícia que tivesse lhes chamado atenção recentemente e, na outra, decidir se concordavam ou não com uma máxima popular. Todos os alunos haviam sido orientados previamente quanto aos padrões de organização textual que normalmente recebem as maiores pontuações e aos elementos linguísticos que deveriam constar na tecitura do texto. A partir da análise destas produções, buscamos apresentar quantitativa e qualitativamente os problemas gramaticais identificados na construção dos textos, dentre os quais questões relativas à coesão, coerência, transição, paralelismo sitático e emprego de tempos verbais, e, a partir destes resultados, propor uma abordagem de gramática que atenda as demandas do teste de proficiência. Este modelo baseia-se nos príncipios apresentados por Brandl (2007), que propõe uma abordagem da forma baseado na abordagem comunicativa - Communicative Language Teaching (CLT).
Palavras-chave: TOEFL iBT, Gramática, Produção Escrita
MINICURSO
MODALIDADE E LITERATURA
Rachel Uchôa Batista- IFCE
Compreender o funcionamento da modalidade linguística nos ajuda a entender os sentidos expressos em um determinado texto. O presente minicurso se propõe a tentar explicar, em um primeiro momento, a modalidade linguística do tipo deôntica, bem como os aspectos relacionados à sua ocorrência, e demonstrar como a análise dessa categoria nos permite depreender os valores do texto analisado. A modalidade deôntica é expressa por diversas formas linguísticas e está situada no âmbito do dever. Ela diz respeito à possibilidade ou necessidade de atos executados por agentes moralmente responsáveis. Desta forma, faz-se imperativo que tenhamos um apoio teórico de base funcionalista, pois nos permite considerar os pontos de vista sintático, semântico e pragmático de forma integrada. Assim, nos baseamos em Palmer (198), Dik (1997), Verstraete (2004), Neves (2006), dentre outros autores, para explanarmos a modalidade deôntica e algumas categorias de análise. Em um segundo momento, partimos para a apresentação das características do texto Lady Windermere’s fan, uma peça de Oscar Wilde. É neste momento que discutimos, também, os aspectos da era vitoriana e os valores desta sociedade que podem, ou não, estar presentes no texto. Em seguida, analisamos alguns excertos da obra de acordo com as categorias de análise apresentadas. Portanto, a metodologia se dará por meio de exposição e discussão oral, bem como atividade relativa à análise de trechos da peça supracitada.
Material utilizado: data show (projetor).
Número de vagas: 25
Número de vagas: 25
OFICINA
MÉTODOS E ESTRATÉGIAS PARA A GESTÃO DO TEMPO
Paula Perin – UFC
Esta oficina tem por objetivo apresentar métodos e estratégias de gestão de tempo, ou melhor, de administração dos eventos que o ser humano precisa atender num período estipulado de tempo. Baseia-se no conceito de que as atividades que realizamos no dia a dia podem ser classificadas numa tríade, a Tríade do Tempo, conforme Barbosa (2007), que representa a forma como o indivíduo gasta suas horas. Pretende-se conduzir uma reflexão sobre como as pessoas enquanto estudantes empregam o seu tempo e apresentar estratégias de criação de metas de curto, médio e longo prazo. Numa era de intenso avanço tecnológico, em que o mundo acelerado acaba tornando as pessoas imediatistas, é importante compreender que as ações desenvolvidas no presente farão toda a diferença no futuro. Quando se trata de construir uma carreira, é ainda na faculdade que o estudante precisa filtrar as leituras e ir aprofundando seus conhecimentos na área que pretende exercer.
Palavras-chave: Gestão; Tempo; Métodos; Estratégias; Metas.
Número de vagas: 25
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I Colóquio Acadêmico sobre a Modalidade Deôntica - GEMD
CONFERÊNCIAS
MODALIDADE E SUA INVESTIGAÇÃO EM GÊNEROS ESPECÍFICOS
Márcia Teixeira Nogueira
Profa. Dra. do Depto. De Letras Vernáculas/PPGL - UFC
A modalidade linguística concerne
à qualificação do enunciado quanto à atitude ou o julgamento do enunciador em
relação ao enunciado que produz. Em poucas palavras, a modalidade diz respeito
ao modo como se diz o que é dito. O Grupo de Estudos em Funcionalismo da UFC
tem desenvolvido pesquisas com o objetivo de descrever e explicar a
manifestação da modalidade em diferentes instâncias discursivas, considerando,
de modo integrado, os meios linguísticos lexicais e gramaticais utilizados e os
efeitos de sentido obtidos. Sabemos que os estudos sobre modalidade são
bastante diversificados, pois se realizam em diferentes enfoques teóricos. Se a
investigação da modalidade se caracteriza, em cada perspectiva de análise, por
priorizar ou os aspectos lógicos, relacionados ao valor de verdade do conteúdo
das proposições, ou as propriedades sintáticas e semânticas que envolvem o uso
dos modalizadores, ou os efeitos discursivos dessa categoria em contextos de
enunciação; a abordagem funcionalista distingue-se por tratar, de modo
integrado, os aspectos formais e funcionais do processo de modalização em
ocorrências reais de uso da língua. Nesta apresentação, pretendemos fazer
algumas considerações sobre os diferentes domínios funcionais da modalidade,
discutir algumas ocorrências reais de uso dos modalizadores e seu papel na
construção discursiva de alguns gêneros textuais.
PALAVRAS-CHAVE: Modalidade – Discurso – Gêneros
textuais
COMO
PROFESSORES EXPRESSAM MODALIDADE DEÔNTICA NA AULA DE INGLÊS.
Maria Fabiola Vasconcelos Lopes.
Profa. Dra.
do Departamento de Letras Estrangeiras/PPGL – UFC.
O estudo aqui
proposto versa sobre a modalidade deôntica e objetiva discutir
os marcadores veiculados no discurso de professores em interação com os alunos em
ambiente de ensino de língua inglesa. A fim de promover tal discussão optamos
pelo funcionalismo, o que nos permite considerar a língua como um instrumento
de interação verbal, e os aspectos sintáticos, semânticos e
pragmático-discursivos integradamente. O Corpus
foi constituído de enunciados de seis professore colaboradores. A investigação
se respalda pelos trabalhos de Lyons
(1977), Almeida (1988), Palmer (1986), Bybee, Perkins & Pagliuca (1994),
Bybee & Fleischman (1995) e Verstraete (2004). A
pesquisa sinalizou o professor como fonte em 78,0% e o aluno, como alvo em 70,1%, sendo que o professor
pouco se inclui na instauração do valor deôntico. Também observamos que os
marcadores de modalidade além de auxiliarem nas explicações e instruções, são
revestidos de marcas de atenuação do valor deôntico no discurso dos
professores-sujeitos. Estes, por sua vez, se utilizam da suavização da carga
semântica dos marcadores da modalização deôntica em suas aulas deixando cair
por terra o caráter autoritário. Por fim, o estudo contribui no entendimento
dos valores deônticos por meio de verbos modais, imperativos e outros nas
escolhas do falante em contexto de ensino. A investigação contou com apoio
FUNCAP.
Palavras-chave: modalidade; ensino; língua inglesa.
A
MODALIDADE DEÔNTICA NA PEÇA THE LADY
WINDMERE’S FAN.
Rachel Uchôa Batista.
Instituto
Federal do Ceará - IFCE.
A
modalidade deôntica diz respeito à possibilidade ou necessidade de atos
executados por agentes moralmente responsáveis. Quando analisada do ponto de
vista do funcionalismo, é possível transitarmos entre forma linguística e
sentido, em um contexto específico, para analisarmos os efeitos de sentidos
expressos por meio do uso daquele tipo de modalidade. Deste modo, este trabalho
investigou a relação existente entre as expressões linguísticas da modalidade
deôntica e a construção de discursos que revelam valores da era vitoriana na
peça Lady Windermere’s fan. Analisamos
299 enunciados modalizados deonticamente, dispostos ao longo dos quatro atos da
peça, de personagens dos gêneros masculino e feminino. Para tal investigação,
tivemos base em Palmer (1986), Dik (1997), Verstraete (2004), Neves (2006),
dentre outros autores que nos auxiliaram na compreensão da modalidade
linguística, em especial a deôntica. O estudo detalhado nos permitiu constatar
que os meios linguísticos de expressão da modalidade de maior produtividade
foram os da categoria ‘Verbos auxiliares’, que corresponderam à 51% das
ocorrências analisadas. O valor deôntico mais instaurado foi o de obrigação,
correspondendo a 58% das ocorrências totais. Ao fim, concluímos que os modalizadores
deônticos presentes nos enunciados dos personagens da peça Lady Windermere’s fan não se prestam, exclusivamente, à expressão
de valores vitorianos.
Palavras-chave:
Modalidade. Deôntica. Era vitoriana.
O
USO DA(S) MODALIDADE(S) NA CONSTRUÇÃO TEXTUAL-DISCURSIVA: CONCEITO E TIPOLOGIA
Profa. Dra. Cláudia Ramos Carioca
– UNILAB
RESUMO: Esta palestra está fundamentada na abordagem
funcionalista e objetiva refletir sobre a definição, identificação e aplicação
da categoria linguística modalidade (dinâmica, deôntica, volitiva, epistêmica,
evidencial etc.) na construção textual-discursiva, tendo em vista que a
modalidade é considerada como a maneira que o enunciador se expressa em relação
ao conteúdo da frase, ao grau de verdade existente nela, ou em relação a quem o
enunciado se destina. Sua manifestação ocorre diversificadamente, podendo ser
expressa por advérbios, certos verbos, também por algumas categorias
gramaticais, dentre outros. Este panorama considera a relevância dos estudos
sobre a(s) modalidade(s) para uma percepção linguística mais aguçada do uso dessas
estratégias e, consequentemente, fomenta pesquisas que explicitam tais
ocorrências.
PALAVRAS-CHAVE: modalidade; funcionalismo; discurso.
COMUNICAÇÕES
A GRAMÁTICA MATUTA DA TRADUÇÃO
DA COMÉDIA ACARNENSES DE ARISTÓFANES
PARA O CEARENSÊS
Ana
Maria César Pompeu.
Professora
Doutora.
Universidade
Federal do Ceará.
A
tradução matuta de Acarnenses de
Aristófanes (POMPEU, 2014) apresenta alternativas de expressividade da língua
portuguesa para a da comédia aristofânica. A comédia e a vida no campo
desmascaram os artifícios de linguagem da cidade (PLÁCIDO, 2001). Descreveremos
a gramática matuta da nossa tradução e sua semelhança às marcas da oralidade da
fala do cearense comum no seu cotidiano (BAGNO, 2007). O falar matuto cearense
consiste no uso de apenas uma marca do plural, “tu” com o verbo na terceira
pessoa, na queda dos erres finais e substituição por acento na vogal anterior;
o mesmo procedimento vale para as terminações em -ou, há a eliminação da sílaba
inicial do verbo está, repetições de não, mudando a primeira forma (tu num tá
vendo não), o “lh” por “i”, uso do diminutivo, substituindo -inho por -in
(DOURADO, 2013), “pra”, “pros, pras” em vez de “para”, “para os” e “para as”,
uso das interjeições características, ênfases (euzin aqui ó, abestaiadin, vô é
batê na porta), “mermo” por “mesmo”, a queda do “l” final de algumas palavras,
entonações características (Pense numa sacudida grande!). As alterações ou
criações têm intuito expressivo, são intensificadores do sentido. Sendo um
texto teatral e cômico, a peça Acarnenses
enfatiza a oralidade e o cotidiano do ateniense comum, logo a tradução do texto
original do grego clássico (OLSON, 2002) para o matuto cearense é uma adaptação
linguística legítima e não contraria a tradução ética (BERMAN, 2013).
Palavras-chave:
Gramática matuta; Acarnenses;
Cearensês.
MODALIDADE DEÔNTICA EM
CANÇÕES PARA CRIANÇAS
Aline
Fabíola Freitas Mendes.
Doutoranda - PPGL/UFC .
Este artigo trata da manifestação da
modalidade deôntica em canções para crianças a partir da perspectiva
funcionalista. A língua é, portanto, considerada, por excelência, um instrumento
de interação social em que a expressão linguística se realiza em função da
intenção do falante, de sua informação pragmática e da antecipação da
interpretação do ouvinte; já a interpretação do ouvinte dá-se em função da
expressão linguística, da informação pragmática e de como reconstrói a intenção
comunicativa do falante (DIK, 1997). Analisamos a função dos modalizadores
deônticos em 09 canções para crianças, mais especificamente as dos três álbuns
de Adriana Calcanhoto: Partimpim Um,
Partimpim Dois e Partimpim Tlês. Essas produções são constituídas tanto de
canções produzidas especificamente para o público infantil como por canções que
não foram inicialmente pensadas para crianças, mas que posteriormente foram
retextualizadas para esse público. Nas estruturas analisadas, observamos que o
valor deôntico de permissão mostrou-se mais abundante que a proibição e a
obrigação. No que diz respeito à fonte deôntica, a pessoa que possui autoridade
nas canções, apresenta-se, mais frequente, na figura de um adulto. Já quanto ao
alvo deôntico, verificamos a presença de crianças, alimento e até de animais,
legitimando o caráter lúdico do gênero em estudo.
Palavras-chave:
modalidade deôntica; funcionalismo e canção para crianças
VOZES VERBAIS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA ANTES E DEPOIS
DE 1998: UM BREVE ESTUDO COMPARATIVO.
Francisco Jardes Nobre de Araújo.
Doutorando - PPGL/UFC.
O livro didático é
um recurso extremamente importante na prática pedagógica do professor da
educação básica, uma vez que está de acordo com as diretrizes estabelecidas nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e oferece a milhares de alunos a oportunidade
de estar em sintonia ao estudarem os mesmos textos realizarem os mesmos
exercícios propostos. Este trabalho analisa as mudanças ocorridas nos livros
didáticos de dois períodos da história recente da educação brasileira: antes e
depois de 1997, ano da implementação da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96.
Para isso, compara livros de português do 1º Grau com os do Ensino Fundamental
e livros do 2º Grau com os do Ensino Médio no tocante à apresentação do assunto
"Vozes verbais". Concluiu que os livros posteriores à referida Lei
apresentam uma exposição mais voltada para a reflexão em torno dos usos da
língua e exercícios de compreensão do fenômeno e exploração de suas implicações
na comunicação, em vez da ênfase na estrutura e na memorização trazida pelo
material didático do período anterior.
Palavras-chave: Livro didático.
Ensino de português. Voz verbal.
‘VEM MODALIZAR
DEONTICAMENTE TAMBÉM!’
Profa. Maria Manolisa
Nogueira Vasconcellos.
Departamento de
Letras Estrangeiras – UFC.
O
Grupo de Estudos em Modalidade Deôntica (GEMD), de cunho funcionalista,
atua em duas linhas: análise e descrição e linguística aplicada. Nesta
comunicação, vamos nos concentrar nessa última, visitando três trabalhos por
mim orientados de modo a fornecer a investigadores noviços algum conhecimento
básico sobre a modalidade deôntica (MD). O objetivo primordial desta
comunicação é criar nesses investigadores curiosidade capaz de levá-los a
filiação ao GEMD e, consequentemente, o desenvolvimento de estudos na linha aqui
contemplada. Iniciaremos nossa apresentação definindo a MD como a manifestação
das intenções e atitudes de um locutor perante os enunciados que produz através
de sucessivos atos ilocucionários de modalização, que se atualizam por meio dos
diversos modos que a língua oferece (cf. KOCH, 2002).
Posteriormente, faremos uma breve exposição dos trabalhos intitulados: (a) A modalidade e o efeito de sentido em Blankets de
Craig Thompson de Raquel
Sobrinho, (b) Estudo da
modalidade deôntica em anúncios pró-tabagismo de José William da Silva Netto e (c) Um breve estudo sobre as marcas da modalidade
deôntica: relações intersubjetivas de Suzane Gomes da Cunha – motivados a partir de gêneros textuais
diferentes. Esses trabalhos se fundamentam nos estudos de Palmer (1986 e 2001) e Portner (2008), Koch (2004 e 2006), Lopes
(2009) e Nogueira & Lopes (2011).
O
ENSINO DA MODALIDADE DEÔNTICA POR MEIO DOS GENÊROS TEXTUAIS.
Marílio
Salgado Nogueira – SEDUC.
Com o intuito de discutir o ensino da
modalidade deôntica em escolas públicas, este trabalho tem por objetivo demonstrar
uma experiência de ensino da modalidade deôntica por meio da utilização de
gêneros textuais de forma contextualizada, com características
semântico-pragmáticas, baseado em autores como Vasconcelos (2014), Koch (2002),
Marcuschi (2012), entre outros. Esta experiência foi desenvolvida por meio do
Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), do curso de Letras
Português da Universidade Estadual do Ceará (UECE), em uma escola pública do
Estado do Ceará. Na ocasião, contamos com a participação de seis turmas do
ensino médio, os quais, sob nossa orientação, realizaram um trabalho analítico
dos elementos deônticos presentes em diferentes gêneros textuais e produziram
textos. As aulas foram desenvolvidas por meio de exposições teóricas e
dialogadas, bem como, por meio do trabalho sob a perspectiva da aprendizagem
colaborativa, em que há a participação efetiva dos alunos na construção do
conhecimento (JONASSEN, 1996).
O resultado deste trabalho mostrou que noventa e dois por cento (92%) dos
alunos, em suas produções textuais, apresentaram o uso adequado dos elementos
deônticos nos diferentes contextos de uso. Concluímos, pois, que o ensino
sistematizado dos elementos deônticos presentes nos textos, contribui para a
aquisição de um conhecimento que ainda não era de domínio parcial ou total dos
alunos.
Palavras-chaves: Ensino; modalidade
deôntica; gênero textual.
O ESTUDO DA MODALIDADE DEÔNTICA EM MÍDIA TELEVISIVA
Larisse
Carvalho de Oliveira.
Mestranda – PPGL/ UFC
A presente pesquisa tem como objeto de estudo a modalidade deôntica, e
como corpus, a série televisiva americana, House (2004-2014), que
faz parte do gênero narrativa seriada, em crescente ascenção nos dias atuais. O
objetivo geral dessa pesquisa é utilizar os pressupostos funcionalistas de Dik
(1989), no que diz respeito ao contexto linguístico, para analisar as
ocorrências de modalidade deôntica no discurso médico das personagens da série
citada. Os problemas secundários que nortearam esse trabalho estão dispostos, a
seguir: a) Como os verbos plenos e os verbos modais/auxiliares
diferenciam o grau de modalização no discurso médico televisivo na série
televisiva House (2004-2012)? b) As diferenças na relação hierárquica
entre fonte e alvo proporcionam a ocorrência de expressões asseveradoras ou
mitigadoras de valores deônticos, influindo na conduta médica na série? c) Como
a fonte instauradora da modalidade deôntica transforma a imagem da conduta
médica, ou corrobora com ela, na sociedade representada na trama televisiva?
Apoiamo-nos nos conceitos de modalidade de Lyons (1977), Palmer (1979), Bybee
(1995), Neves (2006) e Lopes (2009) Pessoa (2007), entre vários outros.
Focalizaremos na modalidade deôntica, um domínio funcional que trata do modo
como o falante diz algo exprimindo a sua vontade, seja de forma asseverada ou
mitigada.Os resultados apresentados, aqui, dizem respeito aos três primeiros
episódios das duas primeiras temporadas da série, para podermos analisar o
desenvolvimento de suas personagens, totalizando seis episódios. Para facilitar
o manuseio dos dados foi necessário o uso desse material em modalidade escrita,
encontrado em rede virtual e conferido por nós, comparando o material
disponível escrito, com o televisivo, para sanar possíveis desentendimentos.
Nosso trabalho é diferencial, pois vê o uso linguístico em um gênero, que é
escrito para ser falado, alcançando um grande público desta maneira. Até agora,
analisamos 153 ocorrências, foi possível concluírmos que o meio de expressão e
o valor deôntico mais recorrente são os de modo verbal (57,5%) e de obrigação
(73,9%), respectivamente. Como já esperado, tanto a fonte (92,2%) quanto o alvo
(86,3%) deôntico, tendo o médico como enunciador/receptor, obtiveram números
significativos. Portanto, com base nas análises realizadas, podemos
concluir que os verbos modais oferecem mais dinamicidade ao tipo de discurso
televisivo estudado, impondo valores hierárquicos de polidez, e por vezes
disfarçando uma ordem sob o pretexto de uma suposta necessidade performada pelo
verbo ‘precisar’ (need) tal qual pode ser associado ao proposto por
Palmer(1986), a respeito do verbo ‘want’ (querer). Com a conclusão
desta, poderemos expor novas observações teóricas sobre o domínio funcional da
modalidade em Língua Inglesa, emitindo juízos de valores concernentes ao
discurso televisivo e as suas relações comunicativas.
Palavras-chave: Modalidade deôntica. Discurso médico-televisivo. Valores
deônticos.
A MODALIDADE DEÔNTICA NA
COLUNA CONFRONTO DAS IDEIAS DO JORNAL
O POVO
Maria de Fátima de Sousa Lopes. .
Mestranda PPGL/UFC.
O
presente estudo analisa de que maneira as expressões linguísticas da modalidade
deôntica atuam na defesa de pontos de vista apresentados na coluna Confronto das Ideias do jornal O povo. Pesquisamos trinta temas
discutidos na referida coluna jornalística em que para cada tema há duas
opiniões, uma a favor da temática e a outra, contra. As questões tratadas em
toda a coluna fazem referência a questões sociais, e os textos coletados fazem
menção aos anos de 2013 e 2014. Vista como a modalidade relacionada à
possibilidade ou necessidade de atos executados por agentes moralmente
responsáveis, a modalidade deôntica foi analisada do ponto de vista sintático,
semântico e pragmático. A pesquisa demonstrou, previamente, uma relação entre as
questões discutidas serem de caráter social e apelativo e a frequência de uso
de expressões deonticamente modalizadas, fazendo-nos acreditar que quanto mais
social for o assunto discutido, mas frequentemente os autores utilizaram
expressões para apresentar a sua opinião. A pesquisa mostrou a recorrência dos
verbos “dever” e “poder”, do valor deôntico de “obrigação” e “proibição”, da
fonte “enunciador”, do alvo “não-especificado”, do tempo “presente” e do modo
“indicativo”. Os autores por apresentarem opiniões referentes a questões
sociais, que envolvem a comunidade, utilizam os mecanismos linguísticos
deônticos ora para asseverar ora para atenuar as ideias defendidas, objetivando
constantemente a adesão dos leitores às ações verbais por eles defendidas.
Palavras-chave: modalidade;
deôntico; coluna
A MODALIDADE
DEÔNTICA E O GÊNERO INSTRUCIONAL
Clarisse Magno da Silva.
Graduada em Letras UFC/FISK.
Maria Fabíola Vasconcelos Lopes.
Profa. Dra. do
Depto. de Letras Estrangeiras – UFC.
Uma vez que o estudo
de gêneros textuais é algo presente na escola e de grande importância para
desenvolvermos a capacidade comunicativa seja ela oral ou escrita, decidimos
trabalhar com algum gênero textual que não recebesse tanta atenção em sala de
aula. Dessa feita, centramo-nos em um estudo que analisa textos envolvendo o
gênero instrucional. A fim de realizarmos o referido estudo buscamos perceber
como este gênero é formado, suas principais características para a partir daí
sabermos como seria possível trabalhá-lo em sala de aula de forma mais
eficiente. Acreditamos que compreender os mecanismos por trás da modalidade
deôntica dentro do jogo de tabuleiro, de caráter instrucional pode auxiliar
professores e profissionais do ensino a empregá-lo em benefício do ensino de
gramática contextualizada. Como referencial teórico interessa-nos os
trabalhos de Raimes (1978), Koch e Favero (1998), Bronckart (1999), Sheneuwly
et al. (2004), Marinello, Benetti e Köche (2008) e Lopes (2009 e 2011). Dos
processos metodológicos realizamos a leitura de textos acerca de gêneros
textuais e sobre o ensino de gênero em sala de aula, selecionamos os jogos de
tabuleiro, analisamos o material escolhido e categorizamos resultados.
Observando os resultados, é possível notar que o uso do modo imperativo
(59,6%), os valores de procedimento (28,7%) e de obrigação (61,3%) bem como a
manifestação por meio do verbo pleno (72,8%) constroem o gênero instrucional.
PALAVRAS – CHAVE:
gênero textual; texto instrucional; modalidade deôntica.
O LIVRO TEXTO EM UM ESTUDO DE DESCRIÇÃO.
Bruna Renata Rocha Fernandes.
Universidade Federal do
Ceará - UFC.
Maria Fabiola Vasconcelos Lopes .
Profa. Dra. do
Depto. de Letras Estrangeiras – UFC.
Sabe-se que ensino de gramática nas
aulas de português nos ensinos fundamental e médio apresentam alguns problemas.
Geralmente, esses problemas são devido ao uso de gramáticas com foco na forma.
Ou seja, gramáticas prescritivas. E esta não é uma realidade encontrada apenas
nas aulas de português. Há muitos problemas no ensino de gramática também nas
aulas de inglês como língua estrangeira. E tentando buscar soluções muitos professores
de inglês seguem totalmente o livro texto. Portanto, é de grande importância
saber como as atividades de gramática são apresentadas nesses livros. Assim como também é relevante verificar o tipo de
perspectiva presente nestes materiais. Se é a perspectiva formal, mais
tradicional e prescritiva, ou a funcional, com foco na função desempenhada pela
língua. A pesquisa tem por objetivo investigar as atividades com foco em
gramática dos livros de língua inglesa do ensino médio. A investigação ocorre por meio do
levantamento, classificação e análise das atividades de todas as unidades em
dois livros adotados na escola pública de Fortaleza para alunos do ensino
médio. O estudo de descrição, se volta para os livros English For All e Log In to
English 1. Como resultado da análise foram encontradas um total de 54% de
atividades de preenchimento de lacunas, 28% de compreensão literal, as de
numeração de colunas contabilizaram 12% e as de desembaralhamento de frases 6%.
Assim, concluiu-se que todas as atividades de gramática dos dois livros
analisados são de característica estruturalista. A base teórica da
pesquisa encontra-se nos trabalhos de Neves (1997), Halliday (1973), Conejo
(2007), entre outros autores funcionalistas e estruturalistas.
PALAVRAS-CHAVE: GRAMÁTICA,
FUNCIONALISMO, ESTRUTURALISMO
O ENSINO
DE LÍNGUA INGLESA ATRAVÉS DO GÊNERO TEXTUAL JORNALÍSTICO, NA FORMAÇÃO DE UM
LEITOR CRÍTICO – MEMORIAL REFLEXIVO DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS DO CURSO DE
LICENCIATURA EM LETRAS LÍNGUA INGLESA DA UNEB – CAMPUS IV EM PARCERIA COM O
PROJETO PIBID.
Girlene Santos
Vieira
Universidade do
Estado da Bahia- DCH- Campus IV
Juliana Cristina
Salvadori
Profª Drª da
Universidade do Estado da Bahia- DCH- Campus IV
O presente memorial discute, a partir de
experiências de formação docente nos estágios supervisionados propostos
pelo curso de Licenciatura em Letras Língua Inglesa e Literaturas da
Universidade do Estado da Bahia – Departamento de Ciências Humanas – Campus IV,
em parceria com o PIBID (Projeto institucional de bolsa de iniciação a
docência), os desafios postos pelo ensino de Língua Estrangeira na escola,
compreendida como lugar de diálogo com outras culturas e modos de ver e
interpretar a realidade (vide PCN, 1998). O presente texto enfocará o trabalho
desenvolvido com os alunos do 2º ano do Ensino Médio que objetivou o ensino de
Língua Inglesa através do gênero textual jornalístico com o intuito de formar
um leitor crítico. Tendo a leitura como foco principal, compreende-se
que o processo de Ensino/aprendizagem de uma Língua não deve ser feito de
maneira descontextualizada das práticas sociais, como afirma Smith
(1999). Para tanto, é relevante o uso de textos de diversos gêneros como
forma de incentivo a leitura e, em consequência disso, o conhecimento da língua
alvo. O presente trabalho tem como suporte teórico os PCNs
(1998); Jordão (2007) e Antunes (1937); os quais defendem que a
gramática e o léxico devem são definidos a partir das escolhas temáticas e
textuais. Ao focar os gêneros textuais como objeto de estudo, objetivamos
trabalhar as formas de utilizá-los como ferramenta para o ensino da
língua estrangeira, já que é função desafiadora do educador tornar os alunos
proficientes leitores e produtores de textos, sem perder de vista os usos e
funções sociais dos gêneros estudados e, para tanto, precisa ajudá-los a
desenvolver competências metacognitivas que propiciem a análise e interpretação
de textos. Nesta perspectiva, o desenvolvimento do projeto se baseou
em leitura de textos em classe; produção de texto oral e escrito; além de
discussões sobre os temas e conteúdos abordados nos textos. Assim foi
possível verificar que o ensino de língua requer do professor conhecimento de
técnicas e métodos contextualizadores para que haja um melhor resultado no
objetivo do processo ensino/aprendizagem.
Palavras chaves: Ensino
e aprendizagem de Língua Inglesa, estágios supervisionados, leitura, leitor
crítico.
TAREFAS DE TRADUÇÃO: UMA INVESTIGAÇÃO
DOS PROCESSOS COGNITIVOS PELO VIÉS DA HIPÓTESE DA PRODUÇÃO
Antonia de Jesus Sales – Mestranda UFC
Maria da Glória Guará
Tavares – Orientadora - UFC
Este
estudo visa investigar a existência de uma possível interface entre atividades
de tradução na sala de LE e as funções da Hipótese da Produção de Swain. Para
isto, o presente estudo parte do pressuposto de que traduzir é produzir língua,
considerando a tradução como recriação de efeitos de sentido (Santoro, 2011) e,
assim, analisaremos se as funções da Hipótese da Produção emergem durante a
atividade de tradução a ser proposta. Para fundamentar esta investigação
teoricamente, recorremos aos estudos de Swain (1985, 1993, 1995, 1998, 2000,
2010) e outros estudos referentes à Hipótese da Produção (Swain e Lapkin
(1995), Woodfield (1997), Ohta, (2000), Shehadeh, (2002, 2003), Izumi (1999,
2002, 2003), Ehsan (2011)). A metodologia prevê a condução de um experimento
prático com uma atividade de tradução, em que os participantes da pesquisa
serão estudantes de graduação em Letras-Inglês (20 alunos), na qual estes farão
uma atividade em dupla, gravada em áudio. Com base na transcrição deste, será
feita uma análise para investigar uma possível relação da atividade de tradução
proposta e as funções da Hipótese da Produção de Swain. Portanto, analisaremos
se durante a atividade de tradução, os participantes notam lacunas, formulam
hipóteses e refletem metalinguisticamente acerca da LE/L2.
Palavras-chave:
Ensino. Cognição. Língua Estrangeira. Tradução. Hipótese da Produção.
O USO DOS AUXILARES MODAIS DEBER E PODER EM
EDITORIAIS DE LÍNGUA ESPANHOLA: UMA EXPRESSÃO DOS VALORES DEÔNTICOS DE
OBRIGAÇÃO E PERMISSÃO
André Silva Oliveira (UFC).
Mestrando em Linguística- GEF/GEMDLE.
Márcia Teixeira Nogueira (UFC).
Profa. Dra. Departamento de Letras Vernáculas/PPGL.
Este trabalho tem por objetivo identificar os valores deônticos de
obrigação e permissão por meio dos modalizadores deber e poder em
editoriais de língua espanhola difundida em textos retirados da Internet. Nosso
embasamento teórico está centrado numa abordagem funcionalista da modalidade
que entende que os enunciados comunicativos dependem, em parte, das reais
intenções do falante em relação ao que se espera que ele compartilhe com seu
interlocutor. Dessa forma, fizemos uma procura pelas características formais da
categoria linguística estudada por meio do gênero textual escolhido, o
editorial. Escolhemos esse gênero jornalístico por se tratar de um texto de
caráter opinativo que melhor expressaria os valores deônticos em questão,
apresentando essas características de forma clara por meio dos recursos
teóricos de extrema habilidade expressiva de persuasão na tentativa de
convencer aos leitores o ponto de vista apresentado com a finalidade de formar
opinião. Assim como os demais gêneros de caráter de opinião, o editorial trata
de temas eminentes da atualidade, mas não se limitando apenas a eles, tendo por
finalidade máxima influenciar a opinião pública. Vale ressaltar que o editorial
apresenta os acontecimentos de forma concisa aos seus futuros leitores,
analisando-os de forma crítica, o que proporciona uma maior frequência de
aspectos modais. Para a realização dessa pesquisa, fizemos uma busca por
editoriais (variedade peninsular) em dois jornais publicados na Internet, dos
quais nomeamos de Periódico I (P1) e Periódico II (P2). Após a leitura dos
textos e a coleta dos dados, fizemos a análise quantitativa e qualitativa dos
valores deônticos de obrigação e permissão expressos por meio dos modalizadores
deber e poder por meio dum software chamado SPSS. Com esta pesquisa,
esperamos expor os valores deônticos de obrigação e permissão a partir da
categoria do gênero textual escolhido para que se motivem mais estudos e
reflexões a respeito da abordagem funcionalista.
PALAVRAS-CHAVE: Funcionalismo; Modalidade Deôntica; Língua Espanhola; Editorial.
PROCESSOS TEXTUAIS: UMA ANÁLISE
COM FOCO EM MATERIAL DIDÁTICO.
Wéslly Lima dos Santos.
FUNCAP-UFC.
Maria Fabíola
Vasconcelos Lopes.
Profa. Dra. do Depto. de Letras Estrangeiras –
UFC.
Considerando
que os livros didáticos utilizados em contexto de ensino de língua estrangeira
geralmente trazem uma abordagem que privilegia muito mais a estrutura,
interessa-nos uma investigação que
procure descobrir se há ao menos indícios de questões que fazem o uso da
língua como fenômeno social; ou seja, que apontam para os sentidos dentro de um
contexto. Nessa perspectiva, a teoria de transitividade de Halliday (1994)
reforçado por Cunha e Souza (2011) nos parece ser um caminho uma vez que tal
teoria está intimamente atrelada as ações presentes nos textos (processos) e o aos participantes e circunstâncias. A
partir dos processos da transitividade, objetivamos descobrir se os enunciados
presentes nas seções de interpretação de texto fazem os alunos estabelecerem
associações com os processos textuais relacionados a cada questão, ao texto e
as respostas dadas. Dessa maneira analisamos o livro Alive High, adotado em
escolas publicas de ensino médio na procura de saber se existem questões com a
abordagem ligadas aos processos de Halliday. Até o momento observamos que de 93
questões avaliadas, dos volumes 1 e 2 do livro em análise, 24,73% faz uso de
processos. Vale salientar que trazemos resultados parciais uma vez que a
pesquisa ainda está em andamento. Daí podemos depreender que há uso de
atividades que levam o estudante a
refletir sobre o texto, não ocorrendo somente atividade de associação de
colunas, por exemplo. Porém, as questões com foco nos processos ainda não são
tão exploradas.
Palavras-chave:
Processos; questões; livro didático.
A IMPORTÂNCIA NA
COMPILAÇÃO E NO USO DE MATERIAL DIDÁDICO DE LÍNGUA INGLESA
Gerson
Davi da Silva Braga.
Graduando
do curso de Letras Português/Inglês - UFC.
O
uso e a compilação de um material didático requerem do professor de língua
inglesa prudência e a devida importância de como usufruir do conteúdo presente
em ambos. Tal material precisa ser tido como um instrumento que favoreça não
somente ao professor, mas prioritariamente, ao aluno, de modo que este usufrua
daquilo que o material lhe oferece como fonte de conhecimento. Assim, torna-se
imprescindível considerar passos importantes ao compilar um material didático.
Nesse sentido, justifica-se um estudo voltado para a análise do material
elaborado, seja ele compilação ou não. O estudo tem como objetivo a análise e o
levantamento de dados de atividades oriundas da unidade 8 do livro didático Globe trekker (2008). Como base para a
fundamentação teórica, guiamo-nos pelos
processos abrangidos por Vilson Leffa (2008), tanto quanto pelos
ensinamentos de Jocelyn Howard e Jae Major (2005). Da metodologia, selecionamos
o livro Globe Trekker e a unidade
supracitada a partir de observação de atividades aplicadas na escola pública,
atividade desenvolvida como parte da disciplina de elaboração de material do
curso de Letras. O estudo por ora em desenvolvimento, já permite consideramos
que tal material se utiliza de forma efetiva dos domínios cognitivo (58%) e
afetivo (42%) discutidos por Leffa (2008). Observamos, assim, a necessidade de
um conhecimento maior por parte dos docentes no que diz respeito às teorias e
ensinamentos dos autores citados, não somente para que possam compilar seus
próprios materiais, mas também fazer melhor uso dos que já possuem.
Palavras-chave:
material didático; domínio cognitivo; domínio afetivo.
ANÁLISE CRÍTICA DO
MATERIAL DIDÁTICO HIGH UP 2: REFLEXÕES E PROPOSTAS
Samira
Silva de Souza.
Graduanda do curso de Letras Português/Inglês – UFC.
Graduanda do curso de Letras Português/Inglês – UFC.
Thamyres
Barrozo de Paula.
Graduanda
do curso de Letras Português/Inglês – UFC.
Este
trabalho analisa o material High Up 2 (DIAS, R. JUCÁ, L. FARIA, R., 2013),
unidade 6, e sua utilização em duas aulas de inglês a nível de 2° ano do ensino
médio. As aulas foram ministradas por um único professor na escola EEFM
Heráclito de Castro e Silva, localizada no Bairro João XXIII, Fortaleza, CE.
Por meio desta pesquisa, objetivou-se propor alternativas para elaboração e
para utilização do referido material. Como fundamentação teórica, foram
utilizadas, sobretudo, as teorias de Penny Ur (1991) e de Leffa (2005).
Primeiramente, foi observada a utilização do material supracitado durante duas
aulas. Então, partiu-se para a análise da composição do material propriamente
dito, por meio do levantamento de dados acerca das atividades. Resultados
preliminares apontam que, das doze atividades analisadas, 33% (4) tinham
enfoque no ensino de vocabulário; outros 33% (4), na habilidade de leitura; 17%
(2), na competência oral e 17% (2), na competência escrita. Portanto,
evidencia-se uma deficiência no estímulo do desenvolvimentoda compreensão
auditiva. Além disso, 100% (12) das atividades eram de abordagem situacional
(LEFFA, 2005), pois estavam contextualizadas com situações cotidianas. O foco
estava na significação do uso da língua mais do que na estrutura gramatical.
Além disso, 42% (5) das atividades eram de resposta pessoal. Esses e outros
recursos identificados proporcionaramaos alunos uma aprendizagem significativa.
Palavras
chave: Elaboração de Material Didático; Aprendizagem Significativa; Ensino de
Língua Inglesa.
A IMPORTÂNCIA DO MATERIAL
DIDÁTICO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EFETIVO DO ALUNO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Karla K. Amorim Silva
Graduanda em Letras – Português – Inglês/
UFC
Oriundo
da observação e análise do material didático utilizado numa escola da rede
pública de Fortaleza, esse trabalho visa ressaltar a importância do material
didático na construção do conhecimento efetivo do aluno de língua estrangeira.
Partindo do ponto de que é necessário que o professor, no seu papel de
facilitador, necessita que o seu material seja um aliado no processo de
construção do saber do aluno. Após a observação e análise de material didático,
elaboramos um e-book, cujo contexto é mais próximo da realidade dos estudantes
da rede pública e que, ainda assim, busca abordar, de maneira efetiva, as
quatro habilidades salientadas por Penny Ur (2009). Destarte, para o
embasamento teórico desse trabalho, bem como o do e-book, seguiu-se os
direcionamentos de Penny Ur (2009), Leffa (2008) e Howard & Major (2005).
Para a produção do e-book levou-se em consideração a faixa etária e o nível de
inglês dos alunos. Na nova proposta de material há um cuidado maior no conteúdo
didático, visando prender o interesse desse público, usando temas que lhe sejam
mais interessantes e específicos. Vale salientar que o e-book age como um
material extra; um aliado do professor na sala de aula. Houve um trabalho mais
meticuloso do que poderia ser interessante ao universo jovem: filmes, canções,
livros, esportes, etc. Sem negligenciar o fato de que é interessante, também,
por os alunos em contato com novidades, assim, houve a preocupação de
acrescentar informações que por ventura não sejam do conhecimento dos alunos em
geral, mas que seria uma informação interessante a ser acrescida.
PALAVRAS-CHAVE:
material didático; e-book; ensino público.
ANÁLISE CRÍTICA DE
ATIVIDADE DE VOCABULÁRIO EM MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO EM INGLÊS COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA.
Clara
Danielly Alves Maciel.
Graduanda – UFC.
No
contexto de uso de materiais didático-pedagógicos em inglês como língua
estrangeira em sala de aula, muitas reflexões e trabalhos acadêmicos têm sido
produzidos com o intuito de analisar o papel do professor como utilizador e
modificador do material didático, no entanto, o próprio material didático em si
precisa ser profundamente analisado e questionado para que tais modificações
possam ser realizadas com sucesso. Ao analisar criticamente determinado aspecto
de um material didático, deve-se levar em consideração o público-alvo, o nível
dos alunos, o(s) modelo(s) de apresentação do conteúdo e as questões
desenvolvidas sobre ele, dentre outros. É neste contexto que a linguística
aplicada se debruça sobre o desenvolvimento dos materiais didático-pedagógicos
utilizados para o ensino de inglês como língua estrangeira e procura torná-los
mais eficientes e embasados teoricamente no âmbito do ensino-aprendizagem.
Desta forma, o presente trabalho, que é fruto de observações de aula feitas
durante a disciplina de elaboração de material didático-pedagógico em inglês
como língua estrangeira, tem como principal objetivo analisar atividades de
vocabulário apresentadas em um livro didático utilizado por alunos e
professores do segundo ano do Ensino Médio em algumas escolas públicas de
Fortaleza. No que diz respeito a
fundamentação da presente pesquisa, a mesma foi embasada em Penny Ur (2009) e
Vilson J. Leffa (2008), por suas contribuições na produção de aporte teórico
voltado para a análise de material didático e apresentação de soluções
relacionadas ao tema. Ao contrário do que acreditávamos, o material utilizado
demonstrou ser satisfatório em seus objetivos enquanto suporte para o
ensino-aprendizagem de inglês enquanto língua estrangeira, todavia
modificações, como formas de melhoramento, serão sugeridas ao final da análise.
Palavras chave: Material didático, linguística aplicada, vocabulário.
Palavras chave: Material didático, linguística aplicada, vocabulário.
A RELEVÂNCIA DO MATERIAL
DIDÁTICO NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS.
Gina
Andrade Diniz.
Graduanda
em Letras Português-inglês – UFC.
Os
materiais didáticos têm suma importância no desenvolvimento das habilidades que
compreendem o ensino e a aprendizagem de uma língua estrangeira, logo é
extremamente válido que o professor saiba como avaliá-los para que, assim,
possa adequá-los às necessidades de seus alunos. Este trabalho versa sobre a sequência cíclica
proposta por Leffa (2008), pois parte de uma análise prévia das necessidades
dos alunos; adequabilidade do material; necessidades dos alunos, em seguida
preza pelo desenvolvimento, etapa em que são definidos objetivos gerais e
específicos; as condições de desempenho; definição de abordagem; entre outros,
continua com a implementação deste material, que vai variar de acordo com o
profissional que irá utilizá-lo: seja o próprio professor, seja outro professor
ou o próprio aluno, e finaliza/reinicia com a avaliação dos pontos positivos e
pontos a serem melhorados. Desta forma, embasando-se não só na proposta de
Leffa (2008), como também na proposta de Penny Ur (2009) foram desenvolvidas
quatro unidades (lições) de um material voltado para o ensino da língua
inglesa, onde foram contempladas as quatro principais habilidades para a
fluência em uma língua estrangeira. O material foi elaborado para alunos entre
treze e dezesseis anos de idade de cursos privados e/ou particulares de
inglês. Além das quatro competências,
também se considerou o contexto tecnológico atual e as unidades foram
desenvolvidas a fim de discutir assuntos pertinentes a zona de conforto dos
alunos, possibilitando, assim, uma maior interação e melhor aproveitamento do
material. Portanto, o material visa não somente seguir mecanicamente a uma
proposta de elaboração de material, mas também conta com a habilidade do
professor em dar ênfase a aprendizagem, acima de tudo.
Palavras-chave:
Material didático; língua estrangeira; ensino, aprendizagem.
MODALIDADE,
REFERENCIALIDADE E VOZ
Maria Claudete LIMA (UFC)
Entendendo
a gramática como mecanismo de codificação de significados, o presente trabalho
avalia como a modalidade, a referencialidade, a voz e o contorno
têmporo-aspectual se interpenetram na construção do texto. Para tanto, analisa,
em um corpus escrito no português do século XIV, a Crônica Geral de Espanha de
1344, 1061 construções impessoais, passivas e médias, tomando como aporte
teórico-metodológico os parâmetros de transitividade de Hopper e Thompson
(1980) e a noção de modalidades comunicativas de Givón (2001, 2005). Os
resultados mostraram uma tendência de a impessoal e a média clítica manifestarem
a modalidade irrealis, em
contraposição à passiva, que se mostrou, de modo geral, mais transitiva que as
demais. Além disso, a impessoal e a média clítica apresentaram maior
predominância de imperfectivo que a passiva, o que ilustra como a gramática é
reflexo de um jogo de forças
cognitivo-semântico-pragmáticas manifestas no texto.
Palavras-chave: modalidade; referencialidade;
transitividade.
A VOZ PASSIVA NO INGLÊS E SEUS USOS.
Letícia Freitas de Assis.
Graduanda em Letras – UFC
A voz passiva é frequentemente tratada nas aulas de língua inglesa tendo um enfoque descontextualizado. Tal tratamento nos leva a ponderar sobre a voz passiva seus significados e seus usos. Assim, com essa preocupação, o presente estudo objetiva apresentar os usos que envolvem a voz passiva no texto escrito para ser falado. Tencionamos demonstrar os usos e efeitos de sentido em particular, na peça de teatro “The Glass Ménagerie” de Tennessee Williams. A fim de proceder tal estudo, que por ora encontra-se em andamento, seguiremos o aporte teórico de Susan Bland (1996). Destacaremos o uso da voz passiva nos tempos verbais presente e passado simples, que objetiva organizar informações novas e dadas na frase. Abordaremos também significado e uso no futuro simples, que indica processos que ainda acontecerão, bem como nos tempos contínuos e perfeitos, levando em consideração que a autora entende voz passiva como aquela que compreende sentenças em que o sujeito não pratica a ação, e sim a recebe ou é resultado de uma. Salientamos que a voz passiva afeta o jeito que processamos mentalmente a informação em uma sentença, porém, não muda significado. Por fim, acreditamos que a investigação venha a contribuir para o entendimento da gramática dentro de um contexto oral de uso.
PALAVRAS-CHAVE: voz passiva; usos; contexto oral.
O AGIR ARGUMENTATIVO NO ÂMBITO DO JORNAL ESCOLAR: OS
MECANISMOS DE ENUNCIAÇÃO E OS SISTEMAS PRAXEOLÓGICOS E REPRESENTACIONAIS
Fábio Delano Vidal Carneiro
(Université de Genève /
Universidade Federal do Ceará – CAPES)
fdvc13@gmail.com
O
objetivo do presente trabalho é analisar a argumentação presente nos textos de
opinião dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, no âmbito do jornal escolar
“Primeiras Letras”, especificamente em relação aos mecanismos de enunciação,
analisando a relação das operações enunciativas com a atividade de linguagem
que engendrou o texto. A análise dos marcadores textuais, modalizadores e
outros recursos discursivos nos levam à conclusão de que determinadas
capacidades linguísticas e textuais devem e podem ser elucidadas pelo trabalho
pedagógico realizado na escola em relação ao ensino da língua portuguesa,
especialmente no que tange ao domínio dos gêneros discursivo-textuais, sob pena
de não formarmos alunos aptos ao uso da linguagem no mundo das relações e das
práticas sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Texto de opinião,
argumentação, mecanismos de enunciação.
O ENSINO DE GRAMÁTICA ATRAVÉS DE FÓRUNS
Clarisse Magno da Silva.
Graduada em Letras UFC/FISK.
Uma
das grandes preocupações de um professor de inglês, como língua estrangeira, é
viabilizar a compreensão da gramática de uso pelo aluno. Sendo assim, é
importante conhecermos o ambiente de ensino no qual a aplicação da gramática
está inserido para compreendermos como se dá o ensino e investigamos a respeito
de como os alunos interagem e respondem perguntas no ambiente de um fórum de um
curso de graduação. Objetivamos perceber quais são os tipos de erros mais
frequentes, por meio do mapeamento gramatical (preposições, concordância verbal,
estrutura da sentença, dentre outros) em fóruns criados para esse fim com o
intuito de melhor escolher a plataforma metodológica a ser trabalhada no gerenciamento
de atividades que auxiliem o aluno a desenvolver melhor sua competência escrita.
Como referencial teórico para o nosso estudo temos os estudos de Bauer (1993),
Cunha & Tavares (2007), Lopes (2009, 2011), Neves (2006), Oliveira (2003) e
Pezatti (2004), que nos auxiliam a compreender a gramática formal e funcional,
nos dando assim uma ferramenta para embasarmos nosso estudo. Como resultado,
obtivemos que a maior parte dos erros cometidos pelos alunos é gramatical, com 60%
e dentro da categoria gramatical a maior incidência de erros é no tocante da
estrutura das sentenças, com 22,1%, seguido da utilização inadequada de
conjugações verbais, com 11,1%.
Palavras-chaves:
gramática contextualizada; mapeamento gramatical; curso de graduação.
GRAMÁTICA
E APLICAÇÕES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS
Wéslly Lima dos Santos.
FUNCAP-UFC.
Observando
que as atividades sobre gramática ainda são exploradas muitas vezes de maneira
que privilegiam muito mais a forma do que uso, este trabalho vem relatar a
experiência vivenciada ao participar de um minicurso como ministrante. Cabe
salientar que, o professor orientador se fez presente durante todas as etapas
de composição e ministração do minicurso. Assim, o minicurso com sua proposta
de ensino, tentou casar gramática com a leitura de textos autênticos. Para
tanto, elaborou-se um material que trabalha os processos textuais da teoria da
transitividade funcionalista proposta por Halliday (1994) sendo possível sua
aplicação em um Minicurso ministrado no interior da Bahia. Concentramos inicialmente
na parte teórica e em seguida, nas demonstrações do uso dos processos em
diferentes atividades, como aqueles extraídos de manchetes jornalísticas e da
fábula. Muito embora a maioria dos alunos presentes nunca tivessem tido contato
com a teoria e sua abordagem em materiais de ensino em sala de aula, houve
bastante e interesse e os mesmo não apresentaram dificuldade na compreensão da
proposta e atividade. A pesquisa contou com apoio do órgão de fomento FUNCAP.
Palavras-chave:
Gramática; aplicação; atividade.
MINICURSO
INTEGRAÇÃO
DE COMPONENTES PARA ANÁLISE DA MODALIDADE DEÔNTICA: UMA PROPOSTA
DISCURSIVO-FUNCIONAL.
Nadja Paulino Pessoa Prata.
Profa. Dra. da Unidade de Espanhol do Depto. de Letras Estrangeiras –UFC.
O presente
minicurso objetiva fornecer um panorama de algumas tipologias para análise da
modalidade deôntica, principalmente aquela calcada no modelo da Gramática
Discursivo-Funcional, elaborada por Pessoa (2011). Na tentativa de integrar
diversas propostas e tendo em vista o que os parâmetros de análise dos tipos de
fonte e de alvo deônticos, propusemos uma nova tipologia para a categoria em
questão tendo em vista os efeitos de sub/objetividade produzidos, na construção
do discurso midiático, difundido em português.
Na modalidade deôntica subjetiva,
percebemos que a fonte deôntica é o enunciador
(sujeito-falante), que instaura os valores sobre os alvos exceto quando o o terceiro-ausente e o co-enunciador, em que a forma de
expressão usada é um adjetivo em posição predicativa, pois se trata de uma
construção impessoal, que visa à ‘objetividade’.
No caso da modalidade intersubjetiva, a fonte é o enunciador, que parece
explicita ou implicitamente na instauração do valor deôntico, e o alvo é o co-enunciador, em contextos nos
quais o falante realiza ilocuções interrogativas ou imperativas, estabelecendo
relações hierárquicas com o ouvinte e outorgando-lhe “poder”.
Na modalidade deôntica objetiva, há três
tipos que fazem referência a fontes
externas ao falante, seja por marcação linguística ou por uso de aspas, por
exemplo. Nesses casos, como é próprio de discursos difundidos em meios de
comunicação de massa, a constituição de várias vozes que, colocadas em cena,
também isentam o enunciador da responsabilidade pelo que é dito.
Por fim, em
relação ao tipo de modalidade “inerente”,
teríamos o tipo mais objetivo possível, pois não há uma fonte que possa ser
recuperada no contexto, pois ela simplesmente inexiste porque diz respeito a
questões físicas.
Palavras-chave:
Funcionalismo. Modalidade deôntica. Proposta tipológica. Discurso midiático.
Português.